Paulo Portas criticou este domingo José Sócrates por ter dito «que valeu a pena votar PS». «O primeiro-ministro acha-se o máximo, e o país tem grandes dúvidas sobre essa avaliação. Além de dizer que está para nascer um primeiro-ministro melhor do que ele, rapaz modesto, ainda diz que valeu a pena votar PS», ironizou Portas.
«Vá dizer que valeu a pena votar PS aos mais de 500 mil desempregados, aos polícias desmotivados, aos professores, aos pensionistas», continuou.
Portas perguntou depois: «Já repararam que daqui a uma semana esta maioria absoluta já não existe?» «Lembram-se que nas europeias, o PS também aparecia à frente nas sondagens e vejam o que lhe aconteceu», disse Portas.
E apontou de novo o discurso aos indecisos. «Os desiludidos do PS e os desiludidos do PSD têm no CDS uma oportunidade».
Portas disse ainda que «os outros partidos já repararam que o CDS está a crescer». «Até agora, eles nem falavam do CDS».
Mas Portas não se esqueceu dos outros partidos e voltou a fazer um ataque directo «à extrema-esquerda». Portas passou em revista algumas propostas do programa do Bloco de Esquerda, afirmando que iriam destruir a economia. «E quem é que alimenta o país? Quem é que cria a riqueza? Quem é que gera impostos?»
Portas respondeu ainda à acusação de «racismo social» feita por Francisco Louçã. «Eu abri o jornal e vi que Francisco Louçã não estava disponível para falar com as peixeiras, e depois o racista sou eu?», «Quando ele for a uma peixeira, onde parece que não gosta de ir, eu respondo-lhe», disse Portas, referindo-se ao facto de o líder do Bloco de Esquerda ter recusado fazer campanha na zona do peixe de um mercado que visitou. «Eu falo com toda a gente. Com os que dizem bem e com os que dizem mal»,ironiza Portas. «Os outros não podem fazer PPR, porque o PPR é o demónio, mas ele pode», disse ainda.
