quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A FORÇA DE QUEM FAZ.

CDS/PP não desiste de zelar pela segurança de todos nós

CDS vai voltar a propor Plano Nacional de Videovigilância



NMagalhes_bancada_a_apontarO CSD-PP vai propor ao Governo, "muito em breve", a adopção de um Plano Nacional de Videovigilância, com o qual já tinha avançado há três anos mas que foi então rejeitado, revelou o deputado Nuno Magalhães.

O deputado democrata cristão reagia ao facto de a secretária de Estado da Administração Interna, Dalila Araújo, ter revelado esta terça-feira que as cidades de Porto, Coimbra e Fátima, submetidas a videovigilância, estão a registar menos 15 a 20 por cento de casos de criminalidade.

"Essa redução significativa podia verificar-se em muito mais locais, com impacto em muito mais gente, pelo que vamos propor ao Governo que aprove finalmente o Plano Nacional de Videovigilância", recordou o deputado, considerando que, ao ser rejeitada, há três anos, a proposta do CDS, "perdeu-se tempo, foram cometidos crimes que podiam nunca ter ocorrido e houve vítimas que podiam ter sido evitadas".

O Plano Nacional de Videovigilância apresentado pelo CDS-PP visa os bairros identificados pelas forças de segurança como problemáticos mas o PS rejeitou-o, "considerando que se tratava de uma medida securitária", recordou.

"Hoje, o próprio Governo anuncia estes resultados em relação aos três locais onde está instalado o sistema, quando podia e devia tê-lo instalado em muitos outros locais que dele carecem, casos de Seixal, Almada, Setúbal, Loures ou Amadora", acrescentou o ex-secretário de Estado da Administração Interna (XV e XVI Governos Constitucionais).

Reivindicando que se deveu ao impulso do CDS a existência de uma lei de videovigilância em locais públicos, o deputado assegurou que "a lei prevê que as imagens sem interesse sejam apagadas quase automaticamente e protege significativamente o direito à privacidade". Mas lembra que, "na sociedade actual, somos diariamente filmados: quando vamos ao multibanco, ao supermercado, a centros comerciais".

"Aliás, em países como Espanha e França, onde houve instalação geral de câmaras de videovigilância, a pequena e média criminalidades desceram. E estamos a falar de países que nada devem a Portugal em termos de assegurar direitos, liberdades e garantias e que estão muito além em termos de uma política de segurança virada para a protecção de pessoas e bens", considerou.

Na opinião de Nuno Magalhães, "vir agora o Governo cantar loas à videovigilância quando há três anos insultava a proposta é mais um exemplo do desnorte desta política de segurança".

Segundo o deputado do CDS-PP, a proposta do Plano Nacional de Videovigilância está pronta e avançará em breve, "mas só poderá ser debatida na abertura dos trabalhos, em Setembro".

Via site CDS