quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Jantar de Natal de Lisboa

Realiza-se amanha no restaurante da antiga FIL de Lisboa (Junqueira) por volta das 20:00h
tradicional jantar de natal do CDS/PP Lisboa.
Todos os anos por esta altura a família Popular junta-se em Lisboa para comemorar e confraternizar nesta época natalícia aproveitando também, para fazer o ponto da situação política do momento.
Logo a seguir ao jantar decorrerá uma festa numa discoteca da capital organizada pela Juventude Popular e pelo partido.
O Distrito de Setúbal estará presente como também a concelhia de Almada.
As reservas podem ser feitas pela página do evento no Facebook em:http://www.facebook.com/event.php?eid=175176425841183

Verdade seja dita

Paulo Portas Wikileaks, telegramas e parlamento, por uma questão de principio,não.
"Nem todas as questões políticas são de princípio mas há princípios que iluminam os dilemas políticos.

Ontem no parlamento o CDS foi o único partido a falar de princípios numa questão cuja exploração é tentadora mas que remete directamente para os princípios da segurança internacional e da missão inalienável dos diplomatas. Refiro-me ao pretenso debate - este ou qualquer outro - sobre um telegrama da embaixada dos Estados Unidos da América em Lisboa.

Qualquer pessoa com um mínimo conhecimento de historia diplomática (ou um módico de sentido de estado) sabe que a missão de uma embaixada é defender os interesses permanentes do Estado que representa. O trabalho dos diplomatas é por natureza reservado, discreto e não raro secreto. Por isso mesmo a sua correspondência é sujeita a classificação e nas melhores democracias do mundo há regras estritas que só permitem a abertura dos arquivos (por exemplo para finalidades científicas) décadas depois.

O que está a suceder com o Wikileaks é uma violação pura e simples da reserva e do segredo de Estado na área diplomática e essa violação põe em risco físico e profissional diplomatas, militares e funcionários. Aceitar discutir o conteúdo de um ou mais telegramas é coonestar, ser cúmplice ou até patrocinar essa violação e esse risco. O CDS não o fará - por uma questão de princípio. Ponto final, parágrafo.

O entusiasmo do PCP e do Bloco tem aliás uma límpida resposta: esperamos vê-los furiosamente adeptos da revelação da correspondência diplomática de Cuba, da Coreia do Norte, do Irão ou da Albânia.

Senti verdadeiro orgulho em liderar um partido que perante o chinfrim se mantém seguro; e que mantém princípios.


Por Paulo Portas