sexta-feira, 16 de outubro de 2009

CDS SERÁ OPOSIÇÃO E DESACONSELHA MOÇÕES DE CENSURA E DE CONFIANÇA

PPortas conf imp. Caldas Gov O CDS será “oposição” e verificará “lei a lei”, “proposta a proposta”, garantiu esta quarta feira à tarde em conferência de imprensa, o líder do partido, Paulo Portas, depois de uma reunião com o primeiro-ministro indigitado.

O CDS-PP será oposição. Foi esse o mandato que recebemos. Ser oposição à política socialista em Portugal”, afirmou Paulo Portas, depois do encontro que durou duas horas.
Mesmo sem conhecer o Programa de Governo, Paulo Portas diz que o debate sobre o documento não é “altura para atitudes responsáveis”. Portas desaconselha, por isso, Sócrates a apresentar uma moção de confiança – “significaria esticar a corda e começar mal” – e recomenda aos outros partidos que também não avancem com iniciativas de rejeição.
Em declarações na sede do partido – e não em São Bento onde decorreu a conversa com Sócrates – o líder centrista reafirmou a estratégia do partido na nova legislatura. “O CDS verificará lei a lei, proposta a proposta a qualidade do que nos foi proposto”, disse, sublinhando qual o critério do partido para decidir o voto às propostas do PS: o caderno de encargos.
E voltou a nomear a dez medidas que foram a bandeira do CDS na campanha para as legislativas: alívio da carga fiscal para empresas e famílias, apoio aos jovens e casais desempregados, aumento das pensões mais baixas, fiscalização generalizada do rendimento mínimo, revisão cirúrgica das leis penais, acordos com Misericórdias na saúde, revisão do modelo de avaliação dos professores, plano de emergência para pôr o Proder a funcionar e protecção aos deficientes das forças armadas.
Questionado sobre se este caderno é ou não base para entendimentos ou qual foi a reacção do primeiro-ministro a estas propostas, Paulo Portas não respondeu. E sobre eventuais coligações à esquerda – já que PSD e CDS parecem rejeitar acordos – Portas tira uma conclusão: “Se um chefe de Governo propõe a todos acordos ou coligações é porque está mais preocupado com o seu Governo”.