segunda-feira, 24 de maio de 2010

O estado deste Estado.

Paulo Portas acusa Governo de desorientação

ishot-7O presidente do CDS-PP criticou este sábado o PSD por ter viabilizado "o maior aumento de impostos de sempre" sem garantir, como contrapartida, a suspensão das grandes obras públicas e o corte "a sério" nas despesas do Estado.

"Nunca pensei que o PSD desse o seu voto ao aumento de impostos sem garantir que a nova ponte [sobre o Tejo] é repensada, que as concessões rodoviárias vão ser postas por uma ordem de prioridade e que se vai cortar a sério nas despesas do Estado", afirmou Paulo Portas.

Para o líder democrata cristão, esses cortes deveriam ser feitos nas empresas, institutos e fundações públicas, "em certos tipos de consumo público", nas sociedades anónimas e "nos ministérios, que são a mais".

Veja as declarações de Paulo Portas à imprensa no CDS TV

"O Estado podia e devia fazer cortes onde há desperdício e despesismo", defendeu.

Falando em Vila Nova de Cerveira, após uma visita à feira e ao mercado do concelho, Portas criticou os políticos que "dizem uma coisa em campanha eleitoral e depois agem de forma completamente diferente".

"Eu, quando andei a pedir o voto nas feiras aos cidadãos, disse-lhes: lutarei contra o aumento de impostos e procurarei cortes na despesa do Estado. Hoje volto às feiras e digo exatamente o mesmo", afirmou.

Sempre com o PSD como alvo principal, Paulo Portas acusou aquele partido de ter quebrado uma promessa eleitoral, ao dar o seu voto para um aumento de impostos "que é duplo, já que o IRS vai subir nas taxas e o contribuinte vai poder deduzir menos em educação e em saúde".

"É o maior aumento de sempre de impostos, e os portugueses vão perceber isso quando as faturas começarem a chegar", acrescentou.

Sobre o aumento de impostos, Paulo Portas disse que é "injusto e cego” porque “vai afetar quem é remediado e pobre, prejudicar a economia, reduzir o poder de compra, diminuir o crescimento e prejudicar a economia".

Para Portas, uma das áreas onde o Estado anda a gastar mal tem a ver com o Rendimento Social de Inserção, onde “continua a indústria da fraude e do abuso".

Na sua opinião, Portugal, no estado em que está, "não se pode dar ao luxo de subsidiar quem não queira trabalhar".

Nesta visita à feira de Vila Nova de Cerveira, Paulo Portas distribuiu beijos e abraços, ouviu muita gente criticar o rendimento mínimo e o aumento de impostos e recebeu muitos votos de "força".

"Este homem é que devia lá estar, o resto é só piratas", referia um feirante, depois de saudar efusivamente o líder do CDS-PP.

Paulo Portas cumprimentou dois agentes da GNR, deixando-lhes a mensagem: "sou pela autoridade, respeito muito o vosso trabalho".

Via: Site CDS/PP