quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Nuno Magalhães no SetubalnaRede

PP enaltece estratégia de expansão de cuidados paliativos do HLA


Nuno Magalhães, deputado do CDS-PP na Assembleia da República, enaltece a estratégia de expansão de cuidados paliativos do Hospital do Litoral Alentejano (HLA), o único a nível distrital a afectar camas a utentes com doenças incuráveis, em estado avançado ou progressivo. O centrista considera que esta é uma matéria “fundamental”, porque não atinge “apenas pessoas com mais idade, mas sim várias pessoas com todas as idades, que padecem de alguns tipos de cancro, de Alzheimer ou de inúmeras doenças neurológicas”.


Apesar de destacar a estratégia de expansão daquele hospital, Nuno Magalhães não esquece o facto de o HLA não ter profissionais “em exclusividade naquela área”, embora, noutras unidades hospitalares da região, a “situação seja ainda mais crítica, porque nem sequer têm unidades de cuidados paliativos”. “Esta é uma matéria extremamente importante, porque se trata de dar um fim de vida digno às pessoas, com mais qualidade e menos dor”, acrescenta o deputado centrista, reconhecendo, porém, que a situação no distrito de Setúbal “não é tão grave como nas regiões de Braga, Viseu ou Leiria”.

De acordo com o democrata-cristão, que acompanhou Paulo Portas, líder do CDS-PP, no início desta semana ao HLA, aquele hospital “tem boas condições, pessoas com muitas capacidades e uma lista de espera não muito elevada”. Todavia, segundo Nuno Magalhães, o hospital “não tem muita capacidade para atrair diversos profissionais de saúde”, o que traz complicações ao nível de algumas especialidades, nomeadamente pediatria, que conta apenas com um especialista. “A questão da maternidade no HLA continua a ser meritória, especialmente porque os centros hospitalares mais próximos já estão no máximo da sua capacidade”, acrescenta.

Ainda a propósito da questão dos cuidados paliativos, Nuno Magalhães sustenta que novo hospital do distrito, a ser construído no Seixal, “tem de ter esta valência”. “É uma matéria de ontem, mas o Ministério da Saúde, novamente confrontado com a início da construção daquele hospital, apenas diz que este continua em estudo”, frisa. A visita da comitiva centrista ao HLA antevê a proposta que o CDS-PP vai levar ao Parlamento na próxima sessão legislativa, que pressupõe a criação de uma verdadeira rede nacional de cuidados paliativos.

A independência desta área dos cuidados continuados é uma medida que faz parte desta Lei de Bases, que pretende colocar um ponto final “no estado deficitário dos cuidados de saúde nas doenças graves e incuráveis em Portugal”. Segundo Paulo Portas, em declarações à agência Lusa, Portugal “devia ter no mínimo cem equipas de cuidados paliativos no terreno, bem como cerca de mil camas para pessoas que precisam de cuidados paliativos”.


Via Setubalnarede