Nos últimos meses, surgiram em Portugal mais dois movimentos e outro partido político.
Muito sucintamente, o movimento Assembleia pretende alterar a forma de eleição do Presidente da República e do Primeiro-Ministro; o Portugal Singular quer influenciar a sociedade a agir e empreender mais e o Partido do Norte é regionalista (opõe-se à Constituição) e quer concretizar a regionalização, preparando-se para ir a votos. Felizmente, tranquiliza-me o facto da apresentação pública destas três novas «forças» coincidir com o aproximar da silly season!
Estas entidades juntam-se a um universo de mais de trinta partidos que já existem e assumem um descontentamento em relação ao falhanço dos partidos mais representativos no sistema político português.
Em primeiro lugar, a proliferação de movimentos e partidos políticos só ajuda a fragmentar a população em inúmeras intenções de voto inconsistentes e irrelevantes. Isto pode impedir a formação de maiorias parlamentares que assegurem governações sólidas e estáveis. Se a intenção é romper com a situação actual, esse não é o caminho indicado.
Em segundo lugar, se há partido que não tem pactuado com os falhanços e trapalhadas do modelo político instalado é o CDS. Aliás, o cidadão atento sabe que o Governo torna suas e aprova soluções que já o CDS apresentou com meses de antecedência. Os portugueses sabem que o CDS tem sido aquele que mais representa o que realmente pensam. Não queiram meter-nos dentro do mesmo saco sujo de partidos de interesses instalados e duma certa esquerda perigosamente demagógica.
Em tempos tão difíceis e decisivos para o futuro do país, a última coisa que os portugueses precisam é de «grupinhos» resmungões. Até podem apoiar causas justas, mas não têm representatividade. O que tem representatividade é a causa de quem quer trabalhar e dar trabalho, de quem quer produzir e exportar e de quem quer investigar e inovar. Essa é a causa dos portugueses para ultrapassar a crise e é também o desígnio do CDS.
Paulo Zorro
Vice Presidente JP Almada
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