E que tal também Externalizar a Democracia Plena em Almada Senhora Presidente da Câmara?
A Presidente da Câmara Municipal de Almada Maria Emília de Sousa acabou de participar no programa da TVI24 Portugal Português onde deixou algumas considerações que convém aqui, em abono da Verdade, tecer alguns comentários.
Primeiramente, importa sublinhar que o CDS-PP reconhece no Poder Local e nos autarcas uma mais-valia e fonte de desenvolvimento e dinâmica da vida dos cidadãos e munícipes pois, ele é o primeiro contacto que as pessoas têm mesmo sem saírem de casa.
Reconhecemos que foi o Poder Autárquico e quem a ele se dedica que muito contribuiu para o aproximar de populações, tradições, fixação de pessoas, para a cultura, educação, desporto, o associativismo, entre outras, que foram e são o motor de desenvolvimento e prosperidade das cidades e suas gentes.
O trabalho realizado pelos autarcas que com esforço de enorme dedicação têm dado ao logo dos vários anos muito do do seu tempo em prol da comunidade.
Contudo, há autarcas e autarcas. Há os que verdadeiramente têm como missão e finalidade o bem-estar comum como há, infelizmente, aqueles que não são nada mais do que apêndices ideológicos dos seus partidos e alguns bem desactualizados, e/ou ao serviço de fortes lobbys condicionando as suas escolhas e decisões.
O caso de Almada e do seu executivo é realmente marcante e curioso no que toca ao fenômeno Comunismo Vs Capitalismo do betão.
Durante o respectivo programa, passa uma reportagem sobre o concelho de Almada onde mostra a bonita paisagem (alguma) existente em Almada, onde tudo parece correr às mil maravilhas e se estar em presença de uma gestão e município exemplar onde tudo o que ocorra de mal é culpa e da responsabilidade dos governos centrais.
No que toca ao CDS-PP e aos munícipes do concelho de Almada, sobretudo aqueles que já não se deixam levar e muito menos enganar por operações de cosmética do executivo comunista, gostaríamos de ver um concelho bonito, limpo, bem reconhecido, agradável e aprazível e que fosse um modelo exemplar de gestão e um cartão de visita nacional.
Contudo, a realidade é bem diferente daquilo que se propagandeia e que se quer mostrar para se ir mantendo uma máquina pesada, cara, e com muitos vícios.
Voltando à dita reportagem sobre o concelho de Almada, apresenta-se o centro de Almada com o Metro do Sul Tejo e com a principal artéria da cidade com o comercio totalmente debilitado com meia dúzia de lojas abertas onde se afirma que o mesmo se deve às grandes superfícies esquecendo-se de informar que, mais uma vez, a má gestão da mobilidade no centro da cidade tal como a empresa de estacionamento municipal ECALMA, mataram completamente o comércio e a vivacidade que o centro de Almada sempre teve até ao fecho ao trânsito das principais artérias da cidade. Um exemplo de um péssimo ordenamento e de falta de visão de gestão do espaço público e de uma cidade.
Na mesma reportagem, onde a senhora presidente acaba depois por enaltecer o número mágico de milhões de visitantes por ano ao concelho nomeadamente à Costa da Caparica e suas praias, onde nem sequer há uma praia do concelho à candidatura das melhores praias do país(!) e onde um exlibris da cidade como o Transpraia -comboio que faz a linha de praia até à Fonte da Telha e que é conhecido internacionalmente, que foi literalmente chutado para fora do centro da cidade, mais uma vez, por incúria e falta de visão de uma cidade próspera para o Turismo, tem como o grande "cartão de visita", deploravelmente, um bairro de barracas que segundo parece continua a expandir-se e que a senhora presidente nada faz e nada resolve.
Há muito que a cidade voltou as costas ao rio e ao seu mar.
Na mesma senda do discordo político disléxico, a senhora presidente da câmara Maria Emília de Sousa, desprovida de qualquer vergonha e pudor, menciona a importância que a agricultura e os agricultores têm na e para a Costa da Caparica. Achamos isto lamentável, vergonhoso, ofensivo aqueles agricultores a quem a mesma tentou expropriar à força das suas terras com o auxilio das forças da ordem e com fiscais da câmara onde destruíram e partiram tudo à revelia dos tribunais que mesmo condenado posteriormente a Câmara Municipal de Almada por esse acto de esbulho e invasão de propriedade privada, vem agora com toda a hipocrisia falar da agricultura e da sua importância para Almada. Esta é a lastimável e petulante postura do executivo municipal em Almada.
O CDS-PP e os seus deputados quer municipais quer da Assembleia da República foram os únicos que ao lado dos agricultores e ao lado da população das Terras da Costa, sempre lutaram para que elas viessem por via judicial a ser restituías aos seus proprietários.
Um verdadeiro Turismo de renome e digno não existe no concelho e muito menos da Costa da Caparica onde se perdeu desde há muito a excelente oportunidade de colocar a cidade nos grandes roteiros turísticos do mundo enobrecendo o concelho, a zona de Lisboa e o país no seu todo. Foram, e são, (esperamos e acreditamos que está no fim) muitos anos de desleixos e má gestão de uma freguesia que poderá sofrer na pele desde sempre, por nunca ter sido da cor do executivo, não obstante, algumas nuances que por agora nos abstemos de comentar....
Voltando à tentativa de elogiar o centro de Almada o mesmo que, supostamente, segundo a câmara, seria para organizar o espaço e o trânsito, verificamos na realidade um tipo de caos onde seria desejo um espaço pedonal, que de pedonal nada tem, e mais, completamente desordenado e desorganizado a certas horas do dia como se no centro de Almada não houvesse lei nem organização. Pelos vistos, até a ECALMA já dá pouco uso e atenção ao mesmo espaço demonstrando o desnorte a que chegou a zona nobre da cidade.
Afirma ainda a senhora presidente da câmara que o centro de Almada tem serviço. A mesma deve viver numa realidade completamente diferente da dos restantes Almadenses, onde na verdade as ruas estão desertas (em plena tarde), de pedonal ou que se pareça nada tem, o comércio fechado, e à medida que se caminha para a noite ai o medo apodera-se das pessoas deixando o centro da cidade num completo e sombrio estado, e isto quando há luz. Fala ainda, no esforço e trabalho que a câmara tem tido a esticar o orçamento para investir nos bairros sociais. Só que não conhece a realidade que se vive nos diversos bairros sociais pode fazer uma afirmação destas pois, temos no concelho de Almada, pessoas, que foram completamente esquecidas e votadas a uma espécie de guetos. Para não se falar no esquecido e degradante Vale da Sobreda onde vivem centenas de famílias e pessoas dignas do concelho que pagam os seus impostos municipais e que não podem usufruir das mesmas condições dos demais pois, há muito, que a câmara virou-lhes as costas.
Ao contrário do que diz a presidente não há, de todo, um trabalho conjunto dos almadenses e da câmara municipal.
Muitos são os cidadãos e mesmo os deputados municipais da oposição que não é salvaguardada o livre direito democrático de informação e esclarecimento, como maior parte das vezes o executivo não tem em conta, teimosamente, as propostas e projetos apresentados pelos munícipes violando a Lei.
Uma câmara municipal que viola e atropela dos direitos dos eleitos e dos cidadãos, que persegue trabalhadores, que expropria agricultores, que usa o erário público em proveito político e partidário não merece a confiança do CDS-PP e muito menos das pessoas.
No que respeita ao tema do programa a nova lei das autarquias, a mesma denota um nervosismo patente de quem tem uma gestão bastante despesista e supérflua apesar de se auto-elogiar da sua gestão sem dívidas a fornecedores empreitadas e outros ajustes. Como já tivemos oportunidade de afirmar, o ter a balança controlada, nunca quis dizer que se sabe gerir e se aplica da melhor maneira.
As escolhas do executivo continuam, em nosso entender, a não ser as melhores para o concelho onde se continua a insistir nos gastos com festas, com oferendas caríssimas, com homenagens e brindes de valor completamente surreais, com obras de arte(?) e monumentos de gosto duvidoso e muito caros, com foguetório e artifícios da mesma espécie, e com a cereja em cima do bolo de um verdadeiro exemplo de propaganda e culto da personalidade que é o Boletim (des)Informativo Municipal onde nem uma linha de espaço tem para a oposição e onde a câmara municipal faz todo o tipo de propaganda onde direciona muitas das vezes as baterias para a oposição ou governo central num gesto totalmente parcial de propaganda sem possibilidade de direito de resposta.
A nova lei das autarquias nomeadamente os casos das empresas municipais trará um maior controlo no despesismo e não só daqueles que usam as mesmas para fins totalmente diferentes para que foram criados. Que medo tem o executivo comunista em Almada com a nova Lei? Tal como a Lei que reorganiza a nível territorial as freguesias? Que receios têm o executivo e o partido comunista que suporta esta câmara na Assembleia Municipal de Almada?
Afirma ainda a mesma que vai ficar com menos verbas disponíveis para fazer obra; para os investimentos, para o tratamento de resíduos (que em Almada são de tratamento muito duvidoso), para a cultura e para a educação só para dar exemplos.
Quando se faz uma gestão equilibrada das verbas disponíveis a necessidade de aperto para as escolhas fundamentais de uma autarquia é muito mais substancial e com melhores resultados.
Na continuidade da seu discurso panfletário, a mesma elege o turismo como uma fonte viva de rentabilidade e atratividade do concelho dando o exemplo do Cristo Rei que só quem conhece o espaço deserto e desolado e sem vida envolvente do mesmo sem nunca ter sido pensado (apesar de 38 anos depois de poder comunista parece que há um projeto que o CDS-PP vai tentar ter acesso a ele, e se lhe for facultado) pode ir neste tipo de afirmações que não passam de uma cantiga de cigarra. Um espaço e um monumento que podia ser muito bem "explorado" para um verdadeiro turismo religioso e atrativo de milhares de milhões de pessoas que poderiam visitar a parte velha e tão nobre da cidade de Almada. Mais uma vez, falta de visão e orientação por parte da câmara municipal de Almada onde a par da área envolvente existem no concelho monumentos históricos e todo um rico patrimonio votado ao abandono e à mercê do próprio tempo. Poderíamos ter um concelho tão (ainda mais) rico em patrimonio ambiental e cultural que este executivo despreza maior parte das vezes em nome do betão e dos lucros (só para alguns) como é o caso do Pinhal do Inglês em área protegida da Mata dos Medos na Charneca da Caparica em detrimento do Ambiente e do interesse e valor histórico.
Nessa preservação da memória e da história do concelho, na mesma entrevista, a presidente da câmara na mesma linha de política de tábua rasa, lembra e enaltece o foral e o fundador do concelho, apelando à memória e sua preservação quando em Assembleia Municipal o partido comunista chumba uma Moção do Grupo Municipal do CDS-PP para uma homenagem a D.Sancho I em pleno castelo de Almada que o mesmo conquistou aos Mouros, impedindo que a mesma história que agora lembra fosse devidamente homenageada.
No final e por ironia (mórbida) a senhora presidente da Câmara de Almada Maria Emília de Sousa com todo o esplendor e satisfação diz que a melhor vista que qualquer pessoa tem de Lisboa é a partir de Almada; e finalmente concordamos com a mesma, mas e a vista de Lisboa para Almada? É arrepiante.
O CDS-PP vê o concelho de Almada não como um concelho perdido, mas sim, com verdadeiras oportunidades adiadas resultado de modelos de sociedade e de cidades ultrapassadas pelo tempo e pela história.
É muito tempo de oportunidades deitadas fora de um concelho que não soube aproveitar a evolução das grandes cidades desenvolvidas a nível internacional. É como se um vazio de ideias se tivesse apoderado de quem desde sempre conduziu os destinos de uma das maiores cidades do país com gente, com tradições, com lugares, com história e sobretudo com muita alma que, infelizmente, se tem vindo a perder ao longo dos anos.
Só um almadense sente o que é viver e ser de Almada. É uma maneira de estar, de sentir e de olhar o que o rodeia não com superioridade e muito menos inferioridade, mas com paixão de viver numa grande terra que resulta de encontros e desencontros de um Portugal refundado numa geração virada para o séc XXI.
O CDS-PP em Almada tem vindo ao longo dos últimos anos a apostar nas pessoas, no diálogo e na compreensão das diferenças de cada um e do seu espaço. É um Caminho e trabalho contínuo que trará para o ano uma nova esperança alicerçada em verdadeiros projetos e ideias, com uma equipa firme e convicta de que é na maturidade, na humildade, no trabalho e junto das pessoas que se consegue transformar uma nova Almada dando lhe um novo rumo, uma nova luz e um novo sentido.
O CDS-PP de Almada agradece vivamente a todos aqueles que nunca desistiram de acreditar neste projeto arrojado e com ambição de fazer mais e melhor e que ao longo destes últimos anos deram de si para a sua continuidade que em nome de Almada irá crescer ainda mais e melhor.
O agradecimento estende-se aos inúmeros munícipes que com o CDS-PP colaboram e aqueles que olham para o CDS-PP em Almada como a verdadeira alternativa a quase 40 anos de poder comunista.
O CDS-PP Almada
domingo, 13 de maio de 2012
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