O Pelouro de Comunicação e Imagem da concelhia do CDS-PP Almada tendo em conta o seu Plano de Trabalho Concelhio apresentará uma serie de entrevistas a publicar no blogue concelhio do CDS-PP Almada iniciando esse ciclo com uma entrevista ao presidente da concelhia António Pedro Maco que nos deixa algumas palavras em relação à actividade autárquica e concelhia em Almada.
A Terminar o terceiro ano de mandato na Assembleia Municipal de Almada é altura de fazer um balanço do que têm sido estes anos como Deputado Municipal e à frente da concelhia do CDS-PP Almada
- Entrei
para a política partidária propriamente dita na altura em que o CDS, depois
de alguns anos apelidado do “partido do táxi” começava a dar mostras de uma
revitalização acentuada e de uma nova dinâmica com um programa mais arrojado
apostado num novo paradigma virado para as gerações futuras e com uma postura
forte e mesmo com uma imagem totalmente renovada em busca de novos eleitores.
Foi a primeira vez que se interessou
pela política?
- Não.
Digamos que foi a primeira vez em que participei e colaborei activamente num
partido político tendo começado na JC-Gerações Populares onde tive o primeiro
contacto com as lides partidárias e as juventudes partidárias. Existia uma
grande união e amizade entre os membros da JC e entre a JC e o próprio partido o que fez com que se tornasse mesmo uma escola de valores e de cidadania que
convergia num trabalho e interacção mútua que só poderia ter dado os frutos
que deu.
Foi a JC-GP um verdadeiro exemplo de dedicação e entrega à causa
partidária onde se fizeram amizades para a vida e que despultou para o que é
hoje em dia o CDS-PP um partido de governo e um partido verdadeiramente
voltado para as pessoas onde o principal objectivo é fazer cumprir Portugal
país fundado em 1143.
Mas até ai não teve qualquer contacto com a política certo?
- Quando era mais novinho lembro-me perfeitamente de
acompanhar as campanhas do Freitas do Amaral e toda a azáfama e colorido da
mesma. Lembro-me da passagem do mesmo por Oeiras onde eu morava na
altura e que resultou numa autentica festa com um banho de multidão onde andávamos a
apanhar os autocolantes e panfletos que na altura era moda lançarem-se pela
janela (risos..) e que hoje em dia, felizmente, não é possível e acho muito
bem. As pessoas não podem ser demasiadamente intoxicadas com propaganda
política e muito menos que a propaganda política suje aquilo que é de todos.
As campanhas eram na altura mais
emocionantes é isso?
- Não necessariamente. Talvez na altura a Democracia
ainda fosse uma criança e as coisas viviam-se com uma paixão mais intensa. A conquista do povo pelas ideias era uma atracção vivida de uma maneira bem
diferente da de hoje onde muitas das pessoas estão desiludidas com a
política e com os políticos. Talvez as emoções e expectativas quer das pessoas
quer dos partidos políticos fossem outras o que levava a que as coisas fossem
vividas de uma maneira mais efusiva. Não quero dizer que agora não seja,
mas a conjuntura social e política eram bem diferentes e naqueles anos era
normal as pessoas respirarem política.
Voltando às diferenças de quando entrou
para a JC e para as de hoje no CDS-PP, que nota assim de mais marcante e de
diferente na vida do partido?
- O partido cresceu, e muito. Tornou-se muito mais
eficiente, mais dinâmico, há mais entrosamento e uma maior interacção entre as
estruturas e os militantes pois houve, e continua a haver, uma grande procura por parte das pessoas para escolherem o
CDS-PP como o partido de eleição. Nos dias de hoje as pessoas
identificam-se muito quer com a liderança de Paulo Portas quer com as propostas
e programa do partido.
É, hoje em dia, um dos partidos mais importantes e
necessários à democracia e indispensável para o arco da governação.
Sendo
assim, é normal que as diferenças de hoje sejam marcantes com as da altura, se
bem que a entrega por parte das pessoas que no CDS-PP militam continue a ser de
uma entrega inesgotável e viu-se, por exemplo, aqui no distrito de Setúbal onde num distrito tão adverso, o entusiasmo que foram os dias de campanha e de
pré-campanha onde todos se entregaram como nunca visto.
Sentíamos na rua que
poderíamos ter um bom resultado e assim foi.
Como na altura, o partido
tinha bons quadros, alguns acabados de sair da JC que, tal como agora,
muitos dos que militaram na JP têm hoje cargos e responsabilidades de relevo
como presidentes concelhios, presidentes distritais, autarcas, deputados,
secretários de estado e ministros.
É para mim, um enorme orgulho, ter pertencido
à juventude partidária do CDS-PP e ver os meus colegas e amigos em lugares
dessa importância enaltecendo todo o esforço que foi feito ao longo de anos. A
grande diferença talvez seja o cada vez maior numero de pessoas que aderiram
ao CDS-PP deixando o partido de ser um mero partido de quadros para se tornar
um grande partido nacional pois de resto, o partido continua com a mesma força
e empenho. Há muita gente nova que entra com toda a garra para o CDS-PP.
Uma
das diferenças significativas penso que seja com o aumento da militancia, aumenta o número de estruturas, muitas delas onde a representação do partido a
nível local era quase zero.
É de louvar o excelente trabalho dos vários
secretários-gerais do CDS-PP dos últimos anos, vindos alguns da
JC que muito contribuíram para a implementação e reimplantação do CDS-PP pelo
país de norte a sul.
Mais militantes, mais representação do
partido. Acha que também foi isso que se passou com o distrito de Setúbal e no
concelho de Almada? Chegou a ser presidente da Juventude Centrista de Almada
certo?
- Sim, cheguei. Sucedi ao meu grande amigo de lutas no
distrito João Noronha que tal como eu, hoje é autarca e presidente da
concelhia do Seixal e que já nessa altura, conseguíamos ter uma concelhia
bastante pró-activa e bastante trabalhadora.
Foi, sem dúvida, uma grande escola
não só ao nível político, mas uma verdadeira escola de vida. Ficarei sempre
grato à JP pelo que aprendi e cresci neste grupo de amigos fantástico, bastante
profissional e que hoje tenho todo o gosto em trabalhar com eles no CDS-PP.
Fui
ainda presidente do Congresso Distrital num dos congressos mais disputados e
renhidos da JP no distrito de Setúbal, e era o representante da Juventude
Popular na Distrital de Setúbal do CDS-PP
Pela maneira que fala até parece que nunca houveram querelas...
- Não foi tudo unânime não, e ainda bem. Somos,
felizmente, um partido que se rege pelos valores da democracia e da pluralidade
de opiniões.
Sempre me habituei à discussão dentro das instituições do partido onde essa discussão clara e democrática sempre foi uma mais-valia para o
crescimento do mesmo.
É assim em qualquer partido democrático e o CDS-PP não é,
nem deve ser, excepção. Guardo boas recordações da JP onde tive vitórias, mas
também tive derrotas, e é assim que temos de saber viver. O “Chegar, Ver e
Vencer”, é um mau princípio; apanágio da arrogância e da falta de humildade
onde normalmente depressa se sobe, mas logo bem rápido se cai. Deve haver
discussão de ideias, deve haver debate interno agora, dentro de determinados
padrões que o CDS-PP nos habituou, ou seja, com seriedade, frontalidade e
hombridade.
A Política deve ser uma actividade nobre e de prestação de serviço
à comunidade sendo a mesma demasiada seria para ser usada por indivíduos desprovidos de
carácter com intuitos menos claros e escondidos, e falo no geral e em todos os
partidos não só no CDS-PP.
O baixo nível na política revela falta de valores e
má formação. O assalto ao Poder apenas pelo Poder, deve ser frontalmente
combatido na sociedade onde se querem pessoas capazes por aquilo que lhes é reconhecido e não por aquilo que por vaidade ou interesses pessoais reconhecemos a nós próprios.
E no distrito de Setúbal e em Almada?
Tem vindo sempre a subir. É para continuar?
- Continuo a dizer que só a falta de humildade na
política leva a grandes oscilações repentinas que, mais tarde ou mais cedo, se
revelará que não passaram de meros enganos circunstanciais. Felizmente em
Almada, temos a humildade de saber olhar para os resultados eleitorais,
perceber e saber o lugar que ocupamos tentando sempre fazer o nosso melhor. Mas
atenção, as euforias desmedidas normalmente pagam-se caras, e elas quase sempre
não têm sucesso ou por falta de experiência ou resultado de ambições
descontroladas que podem causar danos irreversíveis ao partido.
Desde que haja motivação, empenho e acreditar numa equipa
e num projecto, penso que o CDS-PP poder voltar a ter bons resultados no
distrito de Setúbal tal como em Almada.
Acredita que uma boa equipa é meio caminho andado para o sucesso?
- Claramente. Nem mesmo nos desportos singulares, como
por exemplo no ténis, natação, formula 1, xadrez, além do protagonista há
sempre uma equipa a trabalhar por detrás dele. Nem as maiores vedetas do
futebol, sozinhas não teriam qualquer sucesso. E em Almada evitam-se as vedetas
e promove-se o colectivo. Damos muito valor ao grupo de trabalho.
.Por falar em equipas fez parte como membro efectivo da Direcção da Associação de Estudantes do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas - ISCSP- da Universidade Técnica de Lisboa aquando do seu curso superior de Ciência Política na área de Administração Pública. Ai tinham mesmo de trabalhar em equipa devido à particularidade como o orgão estava estruturado ou não?
- Correcto. Os comunistas durante muitos anos detiveram
em sua posse a direcção da AEISCSP e conseguiram alterar os estatutos para que
a direcção passasse a funcionar em modo colegial à boa maneira de um comité central.
Como se poderá calcular, alterar os estatutos numa faculdade requer uma
mobilização mínima considerável para mexer nessa matéria e como o que estava em
causa era o funcionamento da mesma deixou-se ficar como estava.
Era membro
efectivo desse mesmo órgão de direcção e tinha a meu cargo o Gabinete de
Estágios e Saídas Profissionais –GESP- .
Foi uma experiência muito relevante onde aprendi imenso e que me deu muito orgulho de pertencer mais que não seja, porque as forças de
esquerda que durante muitos anos se mantinham na AEISCSP exactamente no dia em que o Fidel Castro veio
pela última vez a Portugal ganhámos a associação. Foi uma noite inesquecível.
Mas as associações de estudantes não
devem ser apartidárias?
- Talvez o ideal seria assim, mas como o associativismo implica
também seguir um caminho com ideias, projectos e tomar um rumo, e sendo que esses
mesmos projectos e ideias normalmente vão de encontro a um ideário e uma
maneira de estar na sociedade, não me choca que no mesmo meio haja política desde que não se atropele e não prejudique propositadamente ninguém e que o
façam sempre de uma forma democrática e transparente.
Como chegou à AEISCSP?
- Surgiu de uma forma natural com o convite de alguém que por acaso, hoje é deputado na AR e presidente de uma juventude partidária e que estava empenhadíssimo em organizar uma lista para a Associação de Estudantes
do ISCSP e sabendo ele que eu era da Juventude Popular, pensamos em unir esforços
para criar uma equipa com um projecto vencedor.
E assim foi. Tenho muito boas recordações desse grupo de trabalho e dessas pessoas. Foi um trabalho de equipa fantástico.
Está como presidente da Concelhia de
Almada desde 2009 altura em que foi incentivado a pegar no partido em Almada.
Como tem sido este tempo em que está à frente do CDS-PP de Almada? Que balanço
faz? Tem sido positivo?
- Esse desafio me colocado em 2009 primeiro pelo meu colega de Bancada Municipal Fernando Pena seguido também pelo actual líder
da Bancada Parlamentar do CDS-PP na AR Nuno Magalhães, foi visto na altura como
uma grande responsabilidade, como foi visto também, como uma missão que tinha
tudo para ser Impossível havendo mesmo muitas vozes que me aconselharam a não
arriscar, pois o partido estava com um score eleitoral em Almada de cerca de
2%, 3%, o que para um partido como o CDS-PP era verdadeiramente dramático.
Então e porque aceitou? Tinha
consciência do que estava a fazer na altura?
- Eu consciência tive sempre. Sempre soube que ia ser
difícil e que os últimos resultados tinham ficado muito aquém das expectativas e que partíamos praticamente do zero.
E avançou porque…..?
- Ao princípio não aceitei, achei que ainda não era altura
para ser presidente de uma concelhia do CDS-PP; mas talvez aquele espírito e
irreverência que trazia ainda um pouco dos muitos anos de JP levaram-me a
acabar por aceitar. Foi uma decisão muito bem ponderada, mas hoje, olhando para
trás e vendo o que até aqui foi feito, só tenho de ficar satisfeito pelo
excelente trabalho que conseguimos ao longo destes últimos anos.
Foi difícil?
- Logo de início sim. Conseguiu-se criar uma equipa de raiz, pois há
muito que o CDS-PP, por razões que não vale a pena aqui aflorar, estava
completamente desaparecido do espectro político em Almada. Não havia concelhia
já há uns bons anos e não se ouvia falar em CDS-PP em Almada.
A que se deve essa situação?
- Como eu digo não vou entrar por ai, mas sem dúvida, que
vicissitudes internas quer no concelho quer no distrito, foram responsáveis por
este afastamento do CDS-PP dos Almadenses, tal como a falta da preparação e
alicerces de um legado que pudesse ter ficado para dar continuidade ao partido.
Os
partidos devem ter continuidade, as pessoas é que o vão servindo e mudando; assim é que deve ser e isso não houve em Almada. Respeito todos os
ex-presidentes, autarcas que o partido teve no concelho, as pessoas que a ele
se dedicaram, mas não souberam criar bases e deixar o partido preparado para quem
viesse a seguir e isso, é crasso e corta completamente com a sustentabilidade e
representatividade de um partido.
Teremos muito cuidado quando um dia esta
equipa terminar o seu projecto em deixar o partido estável e em boas mãos para que
quem venha depois lhe possa dar continuidade.
E como se faz isso?
- Acima de tudo ter trabalho feito para quem vier
não tenha de partir do zero como nós partidos. Depois, deve-se dar oportunidade
às pessoas e ir dando-lhes espaço para que todos possam mostrar o seu valor enquanto
militantes, autarcas etc, e apostar em quem verdadeiramente trabalha para a
equipa e pelo amor à camisola.
Paraquedistas, gurus, inexperientes, megalómanos, oportunistas, visionários e todos os demais
que não tenham como finalidade o seu empenho em prol do partido devem ser
preteridos para esse testemunho.
Voltando a 2009……
- Sim, soubemos criar um grupo de trabalho que conseguisse
aos poucos reimplantar o CDS-PP em Almada e preparar as eleições autárquicas de
2009 que, apesar de tudo, e de ter valido a pena foi uma enorme epopeia não só
porque não tínhamos qualquer base, mas também porque Almada é muito Esquerda
(ainda). Posso dizer que em 2009 quando o partido reaparece na cena
político-partidária primeiro troçaram, mas, felizmente, depois de verem que
estávamos bem organizados, de início espantaram-se, e depois já não gostaram.
(risos..) Éramos uns intrusos que nos vínhamos meter num jogo político já
bastante “viciado” e que não era bem visto mais um a intrometer-se. Tivemos mesmo
algumas situações mais desagradáveis quando os partidos políticos em Almada não
reconheciam legitimidade ao CDS-PP para estar ao lado deles a indicar pessoas
para as mesas de voto, pois achavam que por termos estado arredados durante
tanto tempo não tínhamos esse direito.
É óbvio que batemos o pé e muito contra
a vontade dos mesmos lá conseguimos indicar os nossos militantes. Humildes, mas
sem mostrar medo.
E como foi entrar assim logo e pegar
numas autárquicas?
- Não foram só autárquicas. Nesse ano foram três eleições.
Primeiro Europeias, embora não tivesse tanta expressão ao nível de trabalho
concelhio, a seguir legislativas, essas sim, foram cerca de dois meses pelo
distrito todo, e por fim, acabados de sair de um domingo de Legislativas,
entrámos oficialmente na campanha autárquica. Foi um ano de muito trabalho, de
muitas peripécias, de muito rigor, muito empenho e de muita união.
Como já
disse antes, só com um grupo muito unido, bem organizado e a caminhar com o
mesmo objectivo, se tem vindo a conseguir bons resultados desde 2009.
No caso
das autárquicas em Almada, quer eu quer as pessoas que faziam parte da equipa
na altura, já eram bastante conhecedoras da realidade do concelho estando assim tudo mais facilitado.
Tivemos a ideia de apostar num candidato do concelho que
já tinha, inclusive, sido autarca pelo CDS-PP em Almada e em pessoas do concelho
já com experiência onde levávamos um incentivo e uma bagagem muito maior do que se tivéssemos
começado tudo do início com alguém sem visibilidade, sem experiência partidária
e/ou autárquica, e isso foi fundamental para termos tido o melhor
resultado de sempre no concelho desde a fundação do partido, facto que nos deve
orgulhar a todos.
Foi-se falando com as pessoas e elas foram aparecendo e os
convites começaram a ser feitos. Isto não tem nada de novo. Tínhamos um
projecto e um programa eleitoral moderno, arrojado e virado para aquilo que
devem ser as cidades do Séc XXI. Aliás, continuamos a apostar nesse projecto
que não se esgotou em três meses de campanha nem se pode esgotar em quatro anos de
mandato, pois o que apresentámos e propusemos em 2009 pouco ou nada foi
concretizado pelo executivo comunista; Almada continua a ser uma terra de
oportunidades adiadas e o CDS-PP em Almada tem ideias e respostas. Os partidos, pelo menos os
sérios, não se devem resumir a um conjunto de ideias transcritas de manuais
académicos de quatro em quatro anos, como se de um cartaz de circo se tratasse e que tem de ser mudado de vez em quando para mostrar algum espectáculo que não passa disso mesmo, espectáculo..
Há imensa coisa ainda por cumprir no
concelho de Almada e esta concelhia e esta equipa do CDS-PP mediante o que
propôs, terá, sem dúvida, novas ideias e novas respostas.
E que balanço faz do trabalho dos
autarcas do CDS-PP em Almada?
- O balanço tem sido positivo. O trabalho tem sido feito
com entusiasmo e toda a dedicação.
A política em Almada estava muito amorfa e
sem chama; as maiorias absolutas, absolutistas e obsoletas comunistas
sucediam-se e não havia uma oposição que pudesse chamar a atenção aos executivos
dos verdadeiros problemas do concelho, tudo muito a medo e muito cirúrgico.
Lembro-me que na primeira sessão de Assembleia Municipal de Almada, o CDS-PP
apresentou logo um documento onde defendia acérrima e inequivocamente as Terras
da Costa que, como se sabe, são campos de cultivo na Costa da Caparica de
rentabilidade e clima únicos que dão os melhores produtos da terra e que a
Câmara Municipal de Almada teimava, e teima, em destruir.
Começamos desde início a
marcar a nossa posição e penso que compreenderam logo que o CDS-PP e o seu
Grupo Municipal não iriam estar passivamente a ver o executivo comunista a
delapidar o que de melhor o concelho tem. Sem querer ser imodesto, penso que o
Grupo Municipal do CDS-PP trouxe uma nova postura desprendida de fazer política
em Almada e que terá arrastado os outros partidos da oposição.
Lamentamos, o facto de não termos conseguido eleger um Vereador que não tenho
dúvidas, teria feito toda a diferença, pois embora o executivo comunista não
tenha já a maioria na câmara, um ou outro partido da oposição, acabará sempre
por fazer o favor ao partido comunista.
Perdeu-se aqui uma grande oportunidade
de mudar Almada. O Povo saberá identificar os responsáveis.
Quer identificar um bom e um menos
bom momento enquanto deputado municipal e líder da
bancada do CDS-PP na
Assembleia Municipal de Almada?
- (pausa…) Momentos menos bons, e falo politicamente porque apesar das diferenças ideológicas consegue-se ter sempre um ambiente
cordial e respeitador, salvo raríssimas excepções, terá sido não na própria
assembleia municipal, mas sim, quando a câmara de Almada tentou invadir e
expropriar violentamente os agricultores das Terras da Costa, invadindo
propriedade privada em pleno Séc XXI fazendo-nos regressar aos mais sórdidos
tempos do PREC.
Lembro-me nessa manhã ligar-me a Luísa Lima, hoje vogal do
CDS-PP de Almada, desesperada e só dizia: “polícia, agricultores, invasão,
violência, fiscais da câmara”, e outras palavras perfeitamente normais de quem
estava aflitíssima com tamanha injustiça. Liguei para o meu colega de bancada
Fernando Pena, e pouco tempo depois estávamos no local onde encontrámos um
cenário que nunca imaginaríamos ver num mundo moderno e com leis. Passado cerca
de uma hora o deputado do Grupo Parlamentar do CDS-PP Nuno Magalhães, estava
também ao nosso lado e ai, toda a gente percebeu que o CDS-PP estava na defesa
das Terras da Costa e de centenas de pessoas vítimas da força bruta comunista
que colocava em risco os seus postos de trabalho.
O Bloco de Esquerda ainda tentou demonstrar que o
CDS-PP queria fazer da situação aproveitamento político, mas de nada serviu,
pois há muito que o CDS-PP vinha em defesa dos mesmos e curioso, foi ver o
Bloco de Esquerda que desde que elegeu um Vereador, esqueceu as Terras da Costa
Foi só esse?
- Digamos que este foi O momento pior do mandato, e duvido
que pior ainda venha a acontecer; mas houve momentos lamentáveis como na
cerimónia do 25 de Abril na Trafaria em 2010 aquando do discurso do CDS-PP
muitos dos presentes no público começaram a vaiar o CDS-PP com impropérios
despropositados e ofensivos próprios de arruaceiros e onde a srª presidente da
câmara de Almada demonstrando uma grande falta de educação e de sentido democrático,
abandonou a sala acompanhada de mais uns quantos vereadores e deputados do
partido comunista regressando no final do discurso.
Depois já tivemos também,
situações caricatas e ridículas como a justificação do partido comunista para
chumbar a Moção do CDS-PP que sugeria que fossem colocados aparelhos de
ginásio adaptados ao ar livre no parque da cidade (Parque da Paz) como os que já são usados em diversos
parques ao ar livre e de uso gratuito, o partido comunista inviabiliza a mesma,
pois afirma que os mesmos teriam de ter permanentemente um médico ao seu lado.
(risos…) Ainda um momento desprestigiante
não só para quem o preferiu, mas para toda a assembleia municipal foi quando um
deputado da oposição se dirigiu ao meu colega de bancada numa assembleia
realizada na Charneca da Caparica de uma forma tão brejeira e vulgar que tive
como líder da bancada municipal do CDS-PP pedir a intervenção do presidente da
assembleia. Lamentável.
O momento mais feliz terá a ver também com as Terras da Costa quando o Tribunal de Almada condenou a câmara municipal de esbulho violento contra os agricultores onde o CDS-PP esteve mais uma vez, e podemos ver a cara de alegria e satisfação dos mesmos por ser reparada tamanha injustiça.
No global o CDS-PP tem cumprido certo?
- Sim, mas deixe me dizer-lhe que no respeitante ao trabalho realizado e apresentado
pelo Grupo Municipal do CDS-PP que por puro sectarismo,
tudo o que tem vindo do CDS-PP o partido comunista inviabiliza.
O CDS-PP tem
agido em conformidade com a sua matriz ideológica e com as necessidades e anseios das pessoas e isso reflecte-se nas Moções e Projectos de Recomendação entre outros já apresentados em
assembleia municipal, como foi o caso do plano gerontológico apresentado o ano
passado onde se pretendia melhorar a vida dos idosos do concelho e que a
bancada comunista chumbou, mas que depois mais tarde, veio a apresentar um
plano deveras muito semelhante ao do CDS. Uma outra Moção chumbada pelo Partido
Comunista e Bloco de Esquerda, os que se dizem defensores dos oprimidos, foi a
da criação de condições com o apoio da Câmara Municipal de Almada para que os
excedentes diários alimentares de cantinas, refeitórios, snack-bares,
restaurantes etc, fossem canalizados para as famílias mais desfavorecidas do
concelho. Também esse foi chumbado com um argumento frio e desprovido de
humanidade. Ainda na última sessão o mesmo partido comunista com a abstenção
de Bloco de Esquerda e do PS, este ultimo tentando minimizar a Moção do CDS-PP
com uma rasteira descontextualizada, chumbou aquilo que se pretendia que era
que as cantinas das escolas pudessem estar abertas no horário de almoço no
período de férias escolares para que as crianças mais desfavorecidas do
concelho pudessem ter uma refeição condigna
E foi chumbado pela CDU?
Sim, foi chumbado pelo partido comunista e o PS absteve-se tentando baralhar o jogo tal como o BE
Voltando ao trabalho
concelhio, que planos tem de futuro para o CDS-PP em Almada? Para o ano há
eleições autárquicas…
- O futuro do CDS-PP em Almada está como eu disse hà
pouco, a ser preparado no presente com pessoas capazes, dedicadas, experientes,
mas também com aquelas que se têm ultimamente juntado a nós e que com um enorme
empenho e esforço têm conseguido colocar o nome do CDS-PP através do seu
trabalho no plano político e social em Almada no lugar merecido. Temos uma
equipa de trabalho que tem ideias, tem propostas, tem ambição de fazer mais e
melhor pelo partido e que não baixa os braços e enfrenta frontal e
decididamente os obstáculos que vão aparecendo e que há necessidade de os
contornar
Mas e planos? Falou-me à pouco de ideias e propostas?
Quer exemplificar?
- Com certeza, contudo deixe-me lhe dizer primeiro como é
que isso é possível. A concelhia está organizada em Pelouros e Grupos de
Trabalho que discutem, planeiam, estudam e organizam o trabalho político e
social da concelhia. É uma forma de todos contribuírem e colaborarem com o
esforço e trabalho da concelhia. Uns são mais úteis em determinadas matérias outros noutras e assim, sucessivamente, chega-se ao colectivo final.
Não há
experts em todas as pastas, e quem se achar conhecedor-nato em tudo é, na
realidade, provido de nada.
E esses Grupos de Trabalho funcionam?
- Muito bem mesmo. Dou o exemplo do Grupo de Trabalho do
Ambiente, Cultura e Património Local onde o ambiente de trabalho é muito bom e
bastante produtivo. Dará a seu tempo, resultados e mostras do seu empenho.
Posso dar também o exemplo do Pelouro de Segurança e Protecção Civil da
concelhia que reuniu em Maio último com o Secretário de Estado da
Administração Interna e posso-lhe garantir que a audiência bastante profícua.
De resto criou-se como é sabido, a Comissão de Coordenação Autárquica da
concelhia onde discute, analisa, prepara, elabora e programa toda a matéria
autárquica da concelhia e que tem vindo já há bastante tempo a trabalhar nas
autárquicas 2013 e que está a coordenar toda a pasta.
Como estão as autárquicas? Pode-nos dar algumas
indicações ou ainda está guardado a sete chaves?
- De forma alguma, mas vamos por partes. O CDS-PP não
esgota as suas ideias e propostas nem em campanhas nem defende uma coisa hoje e
amanha outra.
Há
ajustamentos a fazer e novas ideias a englobar é verdade; mas em concreto vamos
na mesma matriz de 2009 onde pretendemos uma cidade sustentável com melhor
ambiente, menos poluição, defesa e protecção da paisagem natural riquíssima que
este concelho tem e que tem sido tão esquecida e mal tratada.
Os apoios sociais
como um dos pilares ideológicos democratas-cristãos do CDS-PP, a Segurança que
tanta falta faz para que as cidades vivam livremente, um melhor e pensado
urbanismo com mais espaços verdes e de lazer onde faça crescer os níveis de
qualidade de vida dos almadenses, fomentação do turismo através de verdadeiras
e modernas apostas na paisagem e produtos locais que tanto faltam explorar, a
revitalização do tecido empresarial com incentivos e criação de emprego local,
e uma verdadeira aposta no rico património que o concelho de Almada tem e
que está desleixado e votado ao abanado, são estes alguns dos temas entre
outros claro, que o CDS-PP Almada tem para que possamos já em 2013 ajudar a
mudar, para melhor.
Temos um rumo, temos um caminho. O Programa eleitoral de 2009 é ainda para cumprir como outras matérias e realidades que formos adquirindo e conhecendo ao longo dos quatro anos de mandato.
Não faria sentido algum que um partido tivesse um programa e passado quatro anos esquecer o mesmo quando maior parte do que foi idealizado e pensado para esse programa eleitoral anda está por cumprir e realizar no concelho de Almada.
Temos um rumo, temos um caminho. O Programa eleitoral de 2009 é ainda para cumprir como outras matérias e realidades que formos adquirindo e conhecendo ao longo dos quatro anos de mandato.
Não faria sentido algum que um partido tivesse um programa e passado quatro anos esquecer o mesmo quando maior parte do que foi idealizado e pensado para esse programa eleitoral anda está por cumprir e realizar no concelho de Almada.
Normalmente as ideias têm caras. O
CDS-PP em Almada tem o trabalho de casa já feito?
- Como assim? Está a referir-se a pessoas? Candidatos?
Sim, pessoas, candidatos
- Bem, eu prefiro falar de
equipa.
Mas a equipa é feita de pessoas, ou
não?
- É sim.
Já há candidatos?
- Veja, os candidatos são de certeza muito importantes
pois são eles que dão a cara por ideias, por projectos e pelo partido, é
verdade. Mas, os munícipes estão fartos de pessoas e de candidatos. O que eles
querem é acima de tudo, repostas para os seus problemas e soluções para mudar
Almada. Mas vou-lhe responder; não é de hoje, neste mês de Julho, nem desde há um ano que o CDS-PP
em Almada está a pensar em melhorar a vida aos almadenses e em ter um bom
resultado para ganhar mais confiança dos mesmos em 2013. Como eu costumo dizer,
isto começou em 2009 quando fecharam as urnas e o CDS-PP elegeu autarcas. É
desde ai que se deve começar e é isso que tem vindo a ser feito.
A concelhia e
a Comissão de Coordenação Autárquica do CDS-PP Almada criada mesmo para esse
efeito, há muito que está a tratar do assunto juntamente com o coordenador
autárquico distrital e também com a coordenação autárquica nacional onde já fomos
recebidos. Há muito trabalho já feito, muito trabalho de campo, de pesquisa,
com colaboradores externos ao partido da sociedade civil, muitas reuniões,
muita ponderação e sobretudo, muita sensatez pois as eleições autárquicas não
podem ser encaradas como mais uma folia onde se aproveita para umas fotografias
muito maquilhadas e enriquecimento de currículo e muito menos para o trampolim
da fortune and glory. São eleições
muito sérias, onde mexe com os destinos de um concelho e têm de ser apostas
muito bem pensadas e não de ânimo leve ou fruto de caprichos levianos e
pessoais.
O CDS-PP já tem um conjunto de pessoas entre militantes e independentes que estão a trabalhar com o melhor empenho nas candidaturas às juntas de freguesia estando já no terreno a fazer o levantamento de problemas e a preparar
as melhores respostas para apresentar aos munícipes, incluindo o candidato a
Câmara Municipal de Almada pelo CDS-PP que está no bom caminho, mas que não vou desvendar quem será a
aposta do partido para seja o CDS-PP no próximo ano em Almada uma alternativa credível.
Não falo para já de pessoas nem nomes, falo sim, de projectos. As pessoas, as caras irá ser dado conhecimento público a seu tempo
É a favor de Coligações?
Cada partido deve ter o seu caminho, as suas ideias, os
seus projectos, as suas propostas e programas eleitorais. Cada partido deve
confiar em si próprio e nos seus valores.
O CDS-PP está, e estará preparado
para ir às urnas no próximo ano pelo seu pé.
As coligações não devem ser uma
vontade apenas dos partidos em questão mas sim, da vontade das pessoas, neste
caso dos almadenses. É prematuro falar de cenários, mas sendo um partido responsável
que não foge às suas obrigações e que tem em mente dar o melhor contributo
para a vida das populações não fecha, mas também não escancara portas ao
vizinho do lado.
Temos o nosso caminho, e é com ele que estamos a trabalhar. O
futuro vem lá mais à frente.
Isso quer dizer afinal que é a favor
das coligações? Ficámos na mesma….
- As coligações são feitas todos os dias com os militantes
e com as pessoas. É com elas que primeiramente nos devemos juntar e conversar, o
resto é acessório. Mas uma coisa eu garanto desde já, coligações para coligar
simplesmente lugares, despidas de ideias e de propostas decidida e
redondamente, Não.
O CDS-PP tem uma história, um passado a honrar e um futuro
para construir.
Muito bem. O que precisa um partido
como o CDS-PP em Almada para ganhar essa
confiança?
- Precisa o mesmo de todos outros. Ser humilde, não
complicar, falar olhos nos olhos com as pessoas, não dizer demagogicamente o
que elas querem apenas ouvir, mas sim, mostrar sinceridade e abertura para
fazer parte dos seus problemas elaborando soluções, precisa de organização, de unidade,
pois só com estabilidade e unidade em torno do projecto da concelhia, ainda por
mais a um tempo tão próximo das eleições, podemos alcançar um melhor resultado.
Não se pede nem seguidismo nem paz podre; pede se sim, tranquilidade para que a
concelhia eleita democraticamente e que tem em mãos um processo autárquico tão
avançado e complexo possa fazer o seu caminho e o seu trabalho com o maior rigor e
serenidade possível, sob pena de se causarem danos irreparáveis ao partido.
Isto
é óbvio. Faz parte das regras de qualquer ciclo político e quem não o entender,
ou está de má fé ou não percebe nada disto.
Para terminar que balanço faz deste
governo?
- Um governo corajoso, responsável e que não faz política
de sondagens deve merecer a confiança do povo português. Já chega de vendedores
da banha da cobra, falsos moralistas, e de fazer de conta que podemos dar tudo
quando pouco temos para dar.
É preciso falar verdade aos portugueses custe o que custar. Não
podemos viver constantemente em ilusões e devemos enfrentar os problemas de
frente sendo originais como sempre fomos criando soluções para podermos ter um
futuro melhor. É certo que há medidas que são penosas e impopulares, mas o esforço
tem de ser de todos sem excepções e sem mordomias, pois estamos a atravessar
verdadeiramente um tempo de dificuldades e não as podemos mascarar como foi
feito nos últimos anos de governo socialista.
Há que ser rigoroso nos
investimentos, cortar no supérfluo ou escusado no momento e investir
cirurgicamente nos sectores produtivos que possam revitalizar a economia e
baixar o desemprego.
Lamento que o Turismo tenha sido sempre tão mal explorado
em Portugal, e é também por ai que se deve fazer uma verdadeira aposta criando
alternativas económicas fundamentais para o desenvolvimento do país e criação
de riqueza tangível pois a riqueza natural já existe e são os nossos recursos
como a nossa costa e mar, a nossa terra, o nosso sol e a riqueza que são as
nossas gentes.
É notório o esforço que o governo tem feito para equilibrar a
balança e ganhar confiança para mais investimento e menos austeridade. Também
sou apologista de que o endurecer da austeridade pode levar não só à
instabilidade social que levará ao aproveitamento de partidos radicais e de fundamentalismos
oportunistas podendo levar ao desagregar dos mais elementares pilares
democráticos e desconfiança nas instituições políticas.
Contudo, não podemos fugir às
nossas responsabilidades, mas é fundamental que à opção de mais austeridade
deve-se, por exemplo, alargar o prazo de pagamento da dívida.
Portugal já deu
provas que é cumpridor. Os outros também têm de olhar para o lado humano e real
da situação.
Eu acredito que em breve teremos melhores condições de
vida.
Pelo Pelouro da Comunicação e Imagem da concelhia do CDS-PP Almada
Sem comentários:
Enviar um comentário