Os institutos Amaro da Costa e Sá Carneiro juntaram-se para uma celebração em comum. Sábado às 17h haverá missa na Basílica da Estrela, em Lisboa. Duas horas depois, na Universidade Católica, haverá uma cerimónia política inovadora:António Capucho (PSD) discursará sobre Amaro da Costa e José Luis Vilaça (CDS) fará o mesmo sobre Sá Carneiro.
Mesmo os adversários políticos reconhecem que eram dois políticos excepcionais. Fazem parte da nossa história enquanto nação. Constituem exemplos superiores neste regime. E não é simplesmente possível pensar ou compreender o CDS e o PSD sem os analisar à luz do contributo determinante de um e outro.
Trinta anos depois da tragédia de Camarate - que o Estado de Direito que (não) somos foi até hoje incapaz de esclarecer - temos o dever de prestar uma homenagem justa e criadora a estas duas grandes personalidades fundadoras do CDS e do PSD.
Pessoalmente, faço-vos este convite com especial empenhamento. Por duas razões que se sucedem no tempo. Já muitas vezes referi que não teria tido vocação política se não tivesse sido contagiado pelo carisma de Sá Carneiro. Foi o primeiro político português que admirei sem reservas. Muitos anos depois, fui eleito presidente do CDS. Conheci então a extraordinária reputação - doutrinária, estratégica, pessoal - que Amaro da Costa deixou entre as bases e os dirigentes do CDS. Ainda hoje, é o fundador mais querido.
Por tudo isto renovo o convite - celebremos dignamente a memória destes dois portugueses invulgares.
Por Paulo Portas
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