terça-feira, 24 de agosto de 2010

Corsários da Modernidade - Parte II

Com o país pouco mais que à beira da bancarrota e sem rumo, o Governo pede a todos os portugueses que em sentido de missão e patriotismo façam um esforço para conseguirmos atravessar esta enorme crise em que se encontra o país.
Crise que segundo o nosso primeiro-ministro, tal qual leishmaniose fulminante, deu-se em quinze dias. Um verdadeiro cataclismo económico, financeiro e social em que só acredita na sua hilariante origem quem realmente como José Sócrates, se encanta com contos de fadas a preto e branco.
O primeiro ministro de Portugal continua na sua senda literalmente cor-de-rosa de que o país apesar de mais dificuldades, de mais impostos, de menos investimento na saúde e na educação entre outras, estamos na vanguarda dos países mais desenvolvidos da União Europeia gabando-se de que até o desemprego estabilizou (estamos em época estival).
Tudo está bem nesta "casa portuguesa".
O pão e o leite sobem, os subsídios de quem realmente necessita descem ou são mesmo cortados, os investimentos para criação de emprego jovem acabam, e até os pensionistas são verdadeiramente prejudicados por este governo que não olha a meios para que sejam os mais pobres a pagar a factura de anos de desgovernabilidade.
Já não bastava os maus orçamentos que temos tido ao longo dos anos, ainda levamos com os PEC´s que para nós é mais um "Plano de Empobrecimento do Cidadão" do que outra coisa, temos ainda o governo a ameaçar com mais impostos encapotados e mais restrições. Ora, o país e os portugueses já terão atingido o tecto máximo de esforço para contribuir para o abrandar da crise sendo pois, insustentável as famílias pagarem mais impostos. É impossível.
Contudo, preparam-se mais impostos disfarçados de medidas e reformas pois, as deduções no IRS com educação e saúde e as deduções para os pensionistas vão agudizar de forma drástica a vida de milhões de portugueses que vão ver o seu poder de compra cada vez mais reduzido.
Este problema grave resume-se tão facilmente como dois mais dois serem quatro pois, com a redução do poder de compra por parte dos consumidores, o comércio e as empresas deixam de ter lucros pois faltam quem compre os produtos, levando ao desemprego e falências que originam novamente nova falta de poder de compra criando-se esta bola de neve muito perigosa e alarmante para a continuidade de uma sociedade plena e equilibrada.
De quem é a culpa da crise? É do mundo em mudança. Mudança em quinze dias e do aumento do petróleo diz o nosso primeiro ministro.
Pois nós achamos que a culpa é das políticas despesistas deste governo socialista que tem vindo ao longo das suas maiorias absolutas a delapidar toda estrutura, económica, social e financeira do país.
Os abusos nas despesas, nos gastos e da dívida pública levaram a que Portugal esteja muito próximo de pedir ajuda formal internacionalmente, pois a cegueira em persistir em manter certas obras públicas e aumentar até despesas desnecessárias levaram o país para um beco sem saída durante várias gerações.
Pegando nas palavras do presidente do partido Paulo Portas no Parlamento, se já não tem arte nem engenho para governar saía Sr. Primeiro-Ministro, e deixe governar quem melhor rumo dará ao país.
O CDS como partido responsável e preparado para assumir as suas responsabilidades insiste em que o código contributivo seja adiado e novamente discutido dando o exemplo de que se pode e muito remediar o mal que tem vindo a ser feito.
José Sócrates ganhou as legislativas do ano passado mentindo descaradamente aos portugueses e prepara-se para mentir novamente na discussão do próximo orçamento.
A Antítese do Robin Hood está à vista.

António Pedro Maco
Presidente CDS/PP Almada