quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Como se arrasam gerações

Cerca de novecentos anos depois, estará com certeza às voltas na sua tumba D. Afonso Henriques, parafraseando ao mesmo tempo as palavras de Salgueiro Maia no célebre golpe de estado de 1974: "ao estado a que (o Estado) isto chegou!"
O estado a que o Estado chegou é visível na falta de responsabilidade, de sentido de estado, e amorfismo suicida que este executivo socialista nos últimos quinze anos tem vindo a (des)governar o país, com o interregno de alguma estabilidade social e financeira, abortada por um dos grandes responsáveis desta crise que tal qual rato quando o barco se está a afundar é o primeiro a saltar fora das responsabilidades, o cidadão Jorge Sampaio, levaram o país à banca rota para alimentar clientelismos cegos e oportunos, abrindo um fosso cada vez maior entre pobres e ricos esperando-se os mais que previsíveis futuros conflitos sociais.
José Sócrates mentiu com todas as letras ao país, mentiu aos políticos, mentiu à sociedade civil e mentiu às instâncias internacionais, duvidando mesmo narcisista como é, se não terá mentido a ele próprio.
A mentira compulsiva deste primeiro-ministro que tal Maquiavel, não olha a meios para atingir os seus fins, trará às gerações futuras uma factura bastante alta e danosa para pagar.
O país e os portugueses não aguentam mais impostos, mais sacrifícios, mais cortes em investimentos cruciais para a normal condução do país como na educação e na saúde, e todo um asfixiar de taxas que recaem em cima do contribuinte para compensar as más políticas e derrapagens orquestradas por um conjunto de socialistas que ao longo dos anos têm vindo a delapidar completamente o país em abono dos seus compadres e para a sustentabilidade tentacular da manutenção lacaia e dos convivas para o banquete do poder. Estes Boys, sabem bem como agarrar o Job.
Os vários planos de austeridade, tal como este orçamento que é um verdadeiro PEC 3, levam a que este governo e este primeiro-ministro não tenham mais condições para conduzir os destinos do país.
A situação é grave, é preocupante, a credibilidade lá fora é nula, e a perda de soberania é assustadora, tendo em conta, o último recurso para salvar o país da verdadeira banca rota que traria graves problemas económicos e sociais para todos nós.
Neste contexto de crise, porque a há, e é grave, o CDS/PP tomou a decisão acertada de com sentido de estado, não querer fazer parte dos carrascos de Portugal.
O voto contra do partido neste Orçamento de Estado, é bem o espelho do rigor e do patriotismo sério, e responsável que o CDS quer para o país. É um voto contra que se desmarca totalmente do voto de "protesto" das esquerdas radicais e irresponsáveis que são sempre contra tudo e contra todos, por ventura até contra a própria Democracia.
Na especialidade tudo fará responsavelmente como tem vindo a fazer para minimizar a injustiça social imposta por um partido que se diz Socialista e propõe a igualdade para todos(!).
O orçamento é mau, é despesista, afasta o investimento, castiga os mais pobres, e é vergonhosamente um branqueamento ao corte da despesa pública nefasta e escusada.
Não é possível que gente séria e em normal estado de sanidade mental, continue a fechar os olhos a determinadas despesas gordas, e no contexto inúteis, e se corte nos bens essenciais, nos apoios sociais imprescindiveis, levando a uma forte política anti-família.
O país precisa urgentemente de uma mudança drástica sob pena do caos social, e não devemos ter medo, receio, ou vergonha de em nome da estabilidade social e da recuperação económica pedir quer ao Sr. Presidente da República, quer ao próprio Partido Socialista, que corra literalmente com o primeiro-ministro que lunática e autistamente persiste em acreditar na sua própria farsa, pedindo urgentemente eleições legislativas antecipadas.
A partir daí, esperamos que as forças políticas e o próprio povo saibam dar um rumo diferente e responsável ao país sob pena de só mudarem os Boys.
O FMI está à porta, a Soberania Nacional mais longe.

António Pedro Maco
Presidente CDS/PP Almada e Deputado Municipal