domingo, 3 de outubro de 2010

Hipócrates

Impõem-se nos deixar aqui um registo sobre as flutuações de estado de espírito de algumas almas "iluminadas" tal como, a forma sui generis e multifacetada com que abordam a Democracia.
Primeiro que tudo, é do conhecimento geral que Política é também Ideologia, ou melhor, é Ideologia, ou pelos menos deveria ser sempre tal como Teoria, Pensamento, Doutrina e Ciência Política.
Isto porque, parece que na última Assembleia Municipal alguns dos presentes na sala supostamente ficaram incomodados com a utilização de terminologia Ideológica por parte de um deputado do CDS/PP.
Curioso facto, de gente sensível, que se ofende muito rapidamente quando se lhes lembram de onde provêm, do que defendem, e do modelo gasto e a cair de podre que pretendem para a Sociedade.
São aqueles que não perdem uma oportunidade para tentar colar o CDS/PP a outros tempos, outros locais, outros regimes e que constantemente fazem questão de o lembrar vindo depois gritar "aqui d´el rei" que nos estão a ofender.
Os mesmos que defendem ditadores e assassinos xenófobos como Lenine e Trotski, entre outros ainda vivos.
Os tais que consporcam paredes públicas com alusões a regimes totalitários e que depois, dizem-se perseguidos e maltratados pelos anti-democratas(!) que não os deixam sujar as paredes da cidade fazendo discursos inflamados, ou tentativa de inflamados, que mais não passam da já conhecida cassete de vítimização.
Ainda àqueles que se ofendem com a linguagem ideológica perguntamos: não estamos na assembleia municipal reunidos para discutir política? Não é a política feita de ideologia e pontos de vistas? Não tomamos as nossas decisões tendo em conta a nossa carga ideológica e pensamento doutrinal político?
Ou será que para certas assembleias municipais se vai discutir jogos florais e debater futebol?
Ou será que os mesmos que se ofendem com a ideologia preferem apenas saber do clientelismo, do compadrio, de quantos lotes lhes vai tocar, ou da empreitada que lhe vai caber?
Não devemos contribuir para o já de si empobrecido debate ideológico.
Somos CDS/PP, somos Democratas Cristãos, e não nos mascaramos em tempo de eleições, para tentar que o Povo se esqueça de certas ideologias que mais não fazem que é impor à força aquilo que alguns pensam e que dificilmente já ganham nas urnas.
Rodando 360º deparamos-nos com a forma mais hipócrita de fazer "Política".
O que o Primeiro Ministro José Sócrates faz, é tudo menos política.
A arrogância levada ao extremo por um primeiro ministro de um país democrático é a demonstração do desespero e desnorte que se vem arrastando há anos, e que culminou com esta crise sem precedentes que estamos neste momento a viver.
Mais surreal e hilariante, é a maneira com que um primeiro ministro já sem vergonha nenhuma, sacode a água do capote quando confrontado com anos de despesismo e desregulação das contas públicas.
O afirmar que as medias de austeridade tiveram de ser ainda mais apertadas devido aos submarinos, é hipocrisia, e revela que não tem condições mínimas morais para continuar à frente dos destinos do país.
Este primeiro ministro que no fundo já não o é, pois não passa de uma sombra qualquer de um "governador", continua a tentar iludir os portugueses com o seu charme de conman, vindo agora tentar responsabilizar o CDS/PP pelo aperto de cinto.
Primeiro foi o mundo que mudou em quinze dias, agora os submarinos (contratados no tempo de um governo em o mesmo fazia parte) com o andar do histerismo ainda vamos ver o primeiro ministro a dizer que a culpa da crise é dos Marcianos que invadiram o país.
Homens sérios precisam-se.