O Semanário Sol desta sexta-feira destaca uma página inteira a Almada, mais concretamente há maneira folgada e requintada que a Câmara Municipal de Almada presidida por Maria Emília de Sousa, festeja quer efemérides quer as homenagens às mais diversas entidades do concelho e da nação.
A mesma notícia, dá conta do despesismo descontrolado e delirante já gasto só este ano pela edil de Almada em relógios de ouro oferecidos pela mesma aos trabalhadores que completaram 25 anos ao serviço da autarquia e que já ascenderam ao montante inimaginável de 31.915.64 euros, repetimos, 31.915.64euros. Para quem se queixa que tem cada vez menos dinheiro para por em prática obras e investimento no concelho, isto é mesmo obra.
Segundo o Semanário Sol a Câmara Municipal de Almada no passado mês de Junho terá oferecido um almoço aos professores aposentados e a demais convidados que terá custado ao erário municipal cerca de 11 mil euros. Alega a CMA que é para distinguir quem ao longo de vários anos contribuiu para o ensino e educação no concelho de Almada.
Já no ano transacto foram gastos para a comemoração do 25 de Abril 33.320 euros num jantar com 800 convivas e mais 17.500 euros em produção artística(!).
Como se já não bastasse este despesismo desmesurado, a Câmara Municipal de Almada ainda tem o descaramento de afirmar que, este ano o mesmo não se realizou, não devido à troika ou qualquer problema mas sim, porque este ano a data a comemorar terá calhado na Páscoa.
Mesmo assim, não se inibiram de gastar 39.100 euros para a produção de um espectáculo.
Entre estes "brindes" constam ainda taças, medalhas, troféus e medalhões que tem vindo a cada ano que passa a aumentar substancialmente de 73.750 euros para 82.667 euros. Consta ainda, um almoço comemorativo do Dia da Mulher no valor de 83.640 euros.
Pelos vistos, o único partido a condenar publicamente estes gastos supérfluos é o CDS-PP onde o líder da bancada municipal António Pedro Maco, afirma ao Semanário Sol que a Câmara Municipal de Almada tem dois pesos e duas medias ao condenar e ameaçar publicamente a diminuição das verbas destinadas às autarquias como demonstra o risco de não se realizarem diversas obras previstas para o município, mas depois não se inibe em pregar estas partidas de péssimo gAsto.
O mesmo afirma que em assembleia municipal na discussão do Plano e Orçamento para 2011 o CDS-PP já tinha denunciado os gastos da CMA ao que terá sido, ainda que de uma forma indirecta, acusado de tentar estancar a democracia condenando o festejo a preceito de determinadas efemérides.
É caso mesmo para dizer, que rica câmara que temos.
Fonte: Semanário Sol
