domingo, 21 de outubro de 2012

Almada Informática - Artigo de Opinião Por Davide Lourenço






Almada Informática      
Se por um lado, vivemos tempos, cada vez mais dependentes da internet e da informática, onde se oferece mais e mais ao cidadão comum, a oportunidade de fazer, saber e obter quase tudo à distância. Por outro lado, temos uma população envelhecida cada vez maior, e com pouca mobilidade.
Dir-se-ia que construímos uma sociedade, cada vez melhor para eles, mas não. Esta faixa da sociedade, nunca teve contacto com a informática, menos ainda com a internet. É por isto, de grande importância que se possa fazer chegar a estes, a possibilidade de usarem a um computador e a internet.
Qual o problema?
Poucos pontos de formação informática no concelho, e os existentes são pouco ou nada publicitados.
As formações são pouco destinadas a públicos de alta faixa etária.
As matérias abordadas não são pouco relevantes a utilizadores idosos.
Soluções ao problema…
A criação de locais de formação informática em todas as juntas de freguesia. A possibilidade de se leccionar em clubes recreativos e outros pontos de ajuntamento e lazer do cidadão almadense, podendo o formador transportar um número de computadores portáteis, tendo o espaço ter, como único requisito ligação à internet.
As formações deveriam, não só abordar temas como a criação de documentos de texto e utilização básica da internet, mas também introduzir o utilizador às redes sociais e mostrar-lhe como pagar as contas pela internet, fazer pesquisas em sites governamentais onde se podem informar sobre o seu estado aos olhos de determinado ministério. É igualmente importante, que o formando aprenda a fazer pesquisa em sites bancários, estas plataformas são cada vez mais seguras, pelo que é cada vez mais difícil que se façam transferência online sem códigos muito específicos. Se ainda assim se achar perigoso, pode ser requerido às entidades bancarias que facultem um programa simulador da sua plataforma. Deste modo, o formando pode se manter regularmente apar da sua situação bancaria, bem como controlar movimentos e fazer pagamentos das suas contas domésticas.
Ainda, e de modo a ajudar a combater o isolamento, poderiam ser feitas estas acções de formação informática a idosos no seu próprio domicílio. Após ser feito um levantamento profundo dos casos de risco, em colaboração com as principais fornecedoras de serviço de internet, o utente poderia (após subescrever ao serviço de internet) adquirir, por um valor acessível, e sempre tendo em conta o rendimento mensal do mesmo, um computador portátil e formação informática em casa.
Desta maneira, não só o utilizador poderia despertar para um novo mundo que está sempre presente e onde poderá encontrar a motivação necessária para se tornar mais socialmente activo, como também começaria a consumir uma gama de produtos que, caso contrário nunca o faria. Este factor ajudaria a economia local e nacional, até porque um cidadão que se pode informar acerca dos produtos que lhe são oferecidos em todos os sectores do mercado, é sem dúvida um consumidor capaz de melhor avaliar o” value for money”(a boa aplicação de capital face à qualidade do produto) dos produtos, isto obrigaria a que os mercados e as empresas se tornassem ainda mais competitivas.
É essencial que sejam abordados aspectos relativos à instalação do hardware, bem como o seu bom manuseamento e manutenção. É importante que o utilizador seja crítico quanto aos problemas técnicos do computador, desta forma serão menos eficazes tentativas de burla.
O concelho de Almada poderia ainda, criar equipas, composta por pessoal formado ou com experiência em informática que viva no concelho e esteja desempregado, para criar hospitais informáticos nas freguesias, onde por preços acessíveis os cidadãos possam fazer pequenas reparações e rasteio de problemas informáticos.
Estes hospitais poderiam ter ainda equipas de ajuda ao domicílio.
Em suma, é importante reflectirmos sobre o problema do isolamento e da pouca mobilidade dos nossos idosos, e visto que a informática e a internet têm tanto para oferecer, porque não estabelecer medidas pare que esta seja mais uma das possibilidades para combater estes problemas.

Davide A. S. Lourenço, pelouro de Informática e Imagem CDS-PP Almada