terça-feira, 11 de janeiro de 2011

3º e Último Dia de Assembleia Municipal de Almada

O terceiro dia de Assembleia Municipal de Almada realizada no anfiteatro dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas, começou com a intervenção de um munícipe onde confronta a Presidente da Câmara de Almada sobre a destruição do património ambiental, cultural e histórico do concelho nomeadamente na Charneca da Caparica onde o Cruzeiro Jesuíta se encontra em risco de destruição pois já pouca gente acredita na palavra deste executivo comunista.
Chamou ainda atenção para a questão acerca do IC32.
Ao munícipe a presidente da câmara responde que o mesmo não está devidamente informado e que a Câmara de Almada é uma câmara de palavra e que estando a acompanhar todas as situações os Almadenses não terão de se preocupar.
Para o CDS/PP são mais inverdades e mera propaganda.

No seguimento dos trabalhos o vereador responsável pelos SMAS faz um balanço positivo do seu funcionamento.
José Gonçalves afirma que o SMAS rege-se por bons princípios, boas técnicas, boas infra-struturas e compromete-se a não aumentar as tarifas da água em 2011 devido à crise e dificuldades que as famílias estão a passar.
Afirma ainda que a empresa terá atenção aos gastos e mais preocupações com o Ambiente.
Informa à assembleia que se irão realizar obras na Quinta da Bomba em Vale Cavala e que terão o custo segundo o mesmo de milhões de euros.
Sabemos reconhecer o esforço que tem sido feito pelo SMAS na tentativa de melhorar e satisfazer as necessidades dos cidadãos a nível de saneamento básico e distribuição de água, e só não podemos dar nota positiva devido às situações pouco esclarecedoras que o vereador dá em relação ao suposto Mobing que ocorre com funcionários do SMAS e o abandono e desleixo a nível de saneamento básico dos habitantes do Vale da Sobreda que o CDS/PP tem vindo a denunciar e alertar e que de pouco nada adianta.
No que respeita às intervenções e opiniões dos restantes partidos, o PSD afirma ter apresentado uma serie de propostas ao executivo para se chegar a consensos em determinadas matérias mas que as mesmas não terão sido acatadas por parte do executivo comunista salientando tal como o CDS/PP, a situação preocupante dos comerciantes e a necessidade da criação de uma Polícia Municipal.
No que respeita ao Partido Socialista, acusa a câmara municipal de desrespeito pelos comerciantes alegando que utiliza a crise que o país atravessa como o principal responsável pela degradação do comércio na zona nobre de Almada pedindo mesmo a abertura ao trânsito do eixo Central da cidade.
O CDS/PP na sua intervenção pelo deputado municipal Fernando Pena, relembrou a nova maioria em Almada entre CDU e Bloco de Esquerda que contraria a vontade dos resultados eleitorais de 2009 onde o povo Almadense rejeitou a governação da autarquia em maioria, dando um sinal que pretende mais diálogo e mais entendimentos entre as forças políticas.
O lixo e desleixo nas ruas, o aumento da criminalidade, as Terras da Costa e o programa Pólis, tal como o apoio aos idosos do concelho foram algumas das preocupações que a bancada municipal do CDS apresentou para que fossem incluídas no orçamento para 2011.
Denuncia ainda a desordenação e a falta de atractividade competitiva do concelho de Almada, não tirando partido do potencial riquíssimo da cidade perante a indiferença do executivo.
O deputado municipal do CDS/PP António Pedro Maco teve ainda oportunidade de questionar o executivo se as AUGI´S para reabilitação em 2011 incluídas no Plano prevê o Vale da Sobreda, resposta que a presidente da câmara, como sempre, se escusou a dar.
O Bloco de Esquerda pouco disse deixando escapar que a muita da grave situação em que nos encontramos tem como consequência as más políticas do governo socialista, chegando mesmo a citar o bispo de Setúbal.
A CDU continua a insistir que o plano proposto é um plano equilibrado e que denota todas as preocupações com os cidadãos. Por nossa parte, resta-nos concluir, que o autismo cego por parte do executivo comunista continua a subaproveitar ou mesmo a destruir o concelho.
Na intervenção da Presidente da Câmara Municipal Maria Emília de Sousa, a edil responde aos partidos que muito ainda há para fazer no concelho e que maior parte das propostas apresentadas pelos partidos da oposição não são claras nem as mais correctas, dando o exemplo do PS que na intenção de trocar o Plano de Orçamento pela abertura do eixo central da cidade de Almada ao trânsito é, para a presidente da câmara inadmissível.
Diz também, que a Polícia Municipal é neste momento inútil, pois já existe a ECALMA. Afirmação no mínimo curiosa, pois ou se trata de pura demagogia por parte da presidente da câmara ou então a mesma denota incompetência na matéria pois, as competências e atribuições da Polícia Municipal vão muito mais além das competências a nível de trânsito e estacionamento.
No que diz respeito à CDU e ao Bloco de Esquerda afirma que os documentos valorizam as opções do plano. Para nós, outra coisa não era de esperar, tal é a cumplicidade descarada do BE e CDU neste momento em Almada.
Acompanhando o discurso da sua bancada a presidente da câmara acusa o governo socialista de prejudicar as freguesias com o corte de verbas canalizadas para apoiar o associativismo.
O CDS não está contra o associativismo, agora é fundamental que essas verbas sejam atribuídas o mais justo possível com rigor e com ética.
Falou ainda nas contenções e no orçamento rígido tendo em conta as prioridades e a preocupação com as pessoas e o estado social.
Pura demagogia por parte da presidente da câmara, pois se estivesse mesmo preocupada com os mais desfavorecidos não tinha chumbado a proposta do CDS/PP para ajudar na distribuição de alimentos pelos mais infortunados do concelho.
Finaliza prometendo que este plano trará um concelho de Almada muito mais desenvolvido.

As opções do Plano e Orçamento e Quadro de Pessoal da CMA e do SMAS passaram com os votos da nova maioria CDU/BE com os votos contra das restantes bancadas municipais.

No seguimento da ordem de trabalhos foi apresentada pela câmara a adesão do município à Associação de Agricultores Biológicos, adesão essa, saudada pelo CDS/PP mas que não esquece que não se pode preocupar apenas no papel com a agricultura e depois na prática não espelhar as boas intenções dando como exemplo o que se passa nas Terras da Costa. Vamos estar atentos.

Já passava da hora prevista pelo regimento quando a assembleia municipal vota a favor um documento enviado para a mesma ordem de trabalhos sobre a continuidade da Sociedade CostaPólis, desprovido de qualquer suporte documental mínimo para uma detalhada análise e uma votação responsável. Documento esse que o CDS/PP está a investigar a sua legalidade e veracidade no contexto de todo o processo da Sociedade CostaPólis.
O CDS/PP foi o único partido a votar contra.