O artigo trata e denuncia a passividade da Justiça portuguesa que em muito vai criar ainda mais alarmismo na sociedade.
Tem a assinatura do deputado municipal e presidente do partido em Almada António Pedro Maco.
"O Portugal pacifico e dos brandos costumes a que durante anos nos habituamos a ver há muito que já era.
Aquele Portugal onde se podia caminhar livremente para todo o sitio sem se ser incomodado, onde não era preciso colocar trancas à porta nem grades e alarmes nos estabelecimentos, e onde imperava o respeito entre as pessoas, não é mais assim.
A conjuntura social e económica que vive o país, as exclusões sociais que são cada vez maiores e abrangentes a outros estratos sociais, a livre circulação de pessoas e bens, os meios escassos e muitas das vezes obsoletos que as forças policiais têm para combater o crime mas sobretudo devido a estas leis permissivas que levam a que o crime compense, está a levar o país para um estado de sítio.
É lamentável e sem compreensão, como o novo código de execução de penas permite tão simplesmente que condenados à pena máxima de 25 anos de prisão possam ao fim de três quartos da pena cumpridos sair em liberdade em regime aberto e sem qualquer tipo de vigilância.
O CDS/PP já veio afirmar que se trata de um ultraje às vitimas, uma ofensa ás polícias, e um insulto à Justiça como também vai pedir a revisão urgente do mesmo código.
Relativamente ás vitimas as piores no cenário da criminalidade, sentem-se cada vez mais descrentes nas polícias, cada vez com mais medo de apresentar queixa devido a possíveis represálias quer ás próprias e/ou aos seus próximos quer aos seus bens, criando-se um clima de terror, medo e desconfiança nas pessoas.
No Caso das forças de segurança, o descrédito é total, a prontidão, o empenho e dedicação começa a não compensar o risco. O investimento nas polícias ainda que aumentado continua a ser muito pouco; os polícias continuam a comprar fardamento e outro material para sua protecção e dos cidadãos do seu bolso. A juntar a isto, o famoso PEC não permite que seja feito um grande investimento nas forças de segurança tão cedo e em condições, como também os agentes da autoridade começam a ter mais funções levando a que as ruas fiquem menos patrulhadas originando uma falta de visibilidade policial que leva obviamente ao medo das populações.
No que respeita à própria Justiça vai desacreditar os próprios juízes e fica beliscada toda a essência da Justiça em si e dos seus Valores.
A criminalidade mais violenta e sobretudo com meios mais sofisticados e com armas de maior calibre, é um facto recente em Portugal mas que começa a generalizar-se perigosamente.
O Concelho de Almada não é excepção. Há assaltos violentos na Costa de Caparica, na Charneca de Caparica, no centro de Almada e um pouco por todo o concelho, nomeadamente a estabelecimentos comerciais e moradias, mas também em transportes públicos e aos transeuntes levando a uma insegurança instalada e permanente.
Como é óbvio, este é um fenómeno à escala nacional, agora temos é que localmente saber minimiza-lo e para isso é necessário que as ruas estejam bem iluminadas, recorrer (dentro da lei) mais à segurança privada se for o caso, uma política social e cívica mais abrangente e direccionada, como também uma cidade mais limpa e asseada para não dar a noção de abandono.
Em Almada o comércio já de si é fraco, não podendo permitir que este fenómeno cave ainda mais o fosso ao desenvolvimento económico e sustentável do Concelho.
O Verão está à porta, como também inúmeros visitantes na Costa de Caparica.
Esperemos que seja um Verão calmo com sol e muita animação e não capa de jornal pelas piores razões.
Não há Liberdade sem Justiça nem Justiça sem Liberdade.
António Pedro Maco
Deputado Municipal e Presidente CDS/PP Almada
Artigo de opinião CDS/PP jornal "Notícias de Almada"
1 comentário:
Caro amigo excelente artigo. No Seixal a criminalidade está na mesma situação e já não está nas nuvens, mas sim em Marte. Abraço
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