sexta-feira, 16 de julho de 2010

CDS/PP Almada na Comunicação Social - Artigo de Opinião

O Notícias de Almada desta semana tem na sua rubrica de opinião, o artigo do deputado municipal do CDS/PP António Pedro Maco.

Artigo "Notícias de Almada"

Não basta propaganda, há que cumprir

A Assembleia de Freguesia da Sobreda numa das suas anteriores sessões, aprovou por unanimidade uma moção apresentada pelo representante do CDS, Eugénio Duarte, para que os transportes públicos possam circular no Vale da Sobreda.
Como já é do conhecimento público, no Vale da Sobreda, os seus moradores utilizam fossas sépticas, não há transportes públicos, o lixo amontoa-se nas ruas e maior parte das estradas são praticamente intransitáveis devido ao facto de não estarem asfaltadas nem calcetadas.
Temos também, conhecimento que as pessoas que utilizam as fossas sépticas estão algumas delas a ser taxadas indevidamente na factura da água por um serviço de tratamento que não estão a usufruir.
Voltando à questão dos transportes públicos no Vale da Sobreda, é pois, imperativo que as estradas sejam asfaltadas, as ruas calcetadas e sinalizadas para que os mesmos possam circular à vontade e em segurança no Vale da Sobreda, pois, aqueles Almadenses que também pagam taxas e impostos, vivem "guetizados" e marginalizados dentro do concelho de Almada. Será porque estão "escondidos" dentro de um vale?
Uma outra situação que pode-se mesmo considerar um desgosto para todos os Almadenses e não só, é a nossa zona ribeirinha.
É lamentável como se deixa chegar a margem de um rio que atravessa uma capital europeia no estado deplorável em que se encontra a nossa zona à beira-tejo.
Cacilhas-Ginjal, Porto Brandão, e Trafaria são o exemplo de má gestão, e falta de empenho e de visão estratégica no ordenamento do território.
Ao longo da margem deparamo-nos com fábricas desactivadas e abandonadas, a escarpa em condições duvidosas de segurança, lixo, e todo um património histórico-cultural abandonado e desprezado, tal como algumas famílias que vivem em péssimas condições de habitação.
Almada e a margem sul do Tejo, há muito que viraram costas ao rio.
Como é possível um país, uma capital, investir tudo numa das margens e deixar a outra ao abandono?
Como é possível continuarem a preocuparem-se e a investirem no eixo ribeirinho norte e esquecer a margem sul?
Será assim tão difíceis os governos e a autarquia resolveram uma questão que é de interesse de todos?
A natureza deu-nos esta maravilha ímpar e é tão mal aproveitada.
Não é possível ter uma cidade desenvolvida, moderna e direccionada para o turismo quando apresenta um cartão-de-visita desolador, desleixado e votado ao abandono, como também não é possível, uma capital que se quer cosmopolita e mundial no séc.XXI desprezar a margem do seu rio.
É necessário agir para que não mirem de Lisboa a margem sul como de um Cabo das Tormentas se tratasse.
O rio deve unir e não separar.

Noutra questão, a Câmara Municipal de Almada foi obrigada pelo Tribunal de Almada, que aceitou a providência cautelar interposta pelos agricultores lesados pela invasão das terras, a retirar a cerca que colocou nas Terras da Costa, para impedir que os mesmos possam exercer a sua livre actividade.
De lembrar que aqueles terrenos agrícolas são uma excepção única na Europa, opinião defendida pelo Arqt.º Ribeiro Telles do qual o CDS/PP corrobora.
António Pedro Maco
Deputado Municipal CDS/PP

6 comentários:

EMALMADA disse...

Está à vista o resultado de 35 anos de gestão incompetente que tem vindo a agravar-se ano após ano.
É lamentável que a oposição não tenha sabido criar condições nem trabalhado para ser alternativa à miserável e incompetente gestão comunista do concelho.
Há relativamente poucos anos, dizia o candidato nº 1, de partido da oposição à Câmara, que não estavam muito interessados em ganhar a Câmara, porque mesmo assim tinham tudo o que queriam da Câmara sem se queimarem.
É gente deste calibre e seguidores que tem amparado e protegido a actual Presidente e companhia, com todas as asneiras que tem feito desde 1986 para nosso mal e do concelho.
Os negócios vão de vento em popa.

Disse tudo a ilustre e apagada personalidade partidária.
Está tudo dito - com a oposição que temos, em que muita gente dessa oposição não vive Almada, mas para a ascenção no aparelho partidário em que vale tudo para isso - porque Almada é miserável, subdesenvolvida, desliza para o vazio e não se empenham por Almada.

João Freire disse...

Incompetência governativa e uma CMA submissa, que não faz o mínimo que seria de esperar de quem é suposto defender os interesses dos munícipes - barulho, protestar, trazer os assuntos a público.

A frente ribeirinha precisaria toda ela de um grande programa de reconversão. O objectivo (que, mesmo com fundos limitados, se poderia abordar passo a passo) deveria ser ambicioso: um calçadão pedestre/ciclável de Cacilhas até à Trafaria, com consolidação das arribas na medida do necessário, tirando-se de lá as infra-estruturas do porto de Lisboa, da Galp e de outras empresas que vedam à população importantes parcelas da nossa frente ribeirinha, restaurar o Ginjal e Olho de Boi para área de lazer de qualidade, recuperar a quinta da Arealva (que vai de Olho de Boi até ao Cristo Rei, com palacete em ruinas, onde em tempos se produziu vinho), A FORTALEZA DE SÃO SEBASTIÃO DA CAPARICA (fortificação mandada erigir por D. João II e cujo estado de ruina deveria envernhar não só todos os almadenses, como todos os portugueses).

Almada só tem hipóteses em termos de turismo se conseguir atrair turistas de Lisboa. Se uma pessoa estiver a passear em Belém, olhar para a outra banda e ficar com vontade e curiosidade de ir ver. Hoje, visto de Lisboa, o concelho de Almada parece o terceiro mundo. Não dá vontade nenhuma de atravessar o Tejo.

José disse...

Assim vamos assistindo à destruição de Almada e à inércia dos partidos da oposição na CMA que até têm a maioria no Executivo.
Mas, em que se traduz esta maioria? O PCP continua a aprovar tudo o que quer. Quando não é por unanimidade, sempre funciona a muletazinha da abstenção. Umas vezes o PS, outras o PSD ou o BE. Até parece que têm uma escala de serviço à CDU, para que não sejam sempre os mesmos a colaborar...
Infelizmente, apenas na Assembleia Municipal, se vê alguma dissonância, com especial realce para o CDS-PP. Mas aqui a CDU tem a maioria, graças a um sistema eleitoral que permite que aos 33 deputados eleitos pelos Almadenses para a Assembleia Municipal (14 da CDU e 19 da oposição), se juntem, por inerência (Presidentes de Juntas de Freguesia), mais 11 (8 da CDU e 3 da oposição). Assim se construiu a “legitimidade” democrática da maioria da Assembleia Municipal que, em vez de fiscalizar, apoia incondicionalmente a obscura execução municipal.
Urge que os dois principais partidos da oposição, PS e PSD, revejam a sua estratégia, a qual, certamente terá de passar, pelo afastamento imediato de algumas das principais figuras.
No caso do PS, querer que Almada compre um Paulo Pedroso, é mais que evidente, que nem em época de saldos. Para mais, este político, pouco interesse tem demonstrado pelas questões locais. É manifestamente óbvio, até pelos comentários que faz no blog Banco Corrido, que Almada é uma passagem, e o seu interesse é voltar à política nacional.
Quanto ao PSD, querer impingir aos Almadenses uma figura como Pedroso de Almeida, revela, no mínimo, algum desrespeito pelos munícipes, apostando na sua ingenuidade, e assim tentarem vender gato por lebre. Então e os compromissos profissionais? As sua ligações às empresas Metro Transportes do Sul e Ensulmeci? É urgente que os políticos deste país tenham um verdadeiro Código de Ética.
É crucial para Almada que PS e PSD se renovem e acabem com as cumplicidades que porventura existam.
A não acontecer esta renovação deixo aqui um desafio ao EMALMADA: Que promova um grande movimento de cidadãos que permita, com base naqueles que se preocupam com o definhar da cidade, criar uma alternativa, em Almada, aos actuais partidos. Os valores da abstenção, nos actos eleitorais autarquicos, são um bom exemplo da falta de alternativas.

EMALMADA disse...

no texto acima onde se lê "ascenção" deve ler-se "ascensão"

CDS Almada disse...

Felizmente ainda há munícipes com consciência cívica e sem medo de exprimirem o que pensam nesta cidade, cada vez mais amordaçada e enleada numa teia sórdida de promiscuidades.
Há verdadeiramente muito por cumprir em Almada apesar dos pasquins cheios de cor e propaganda que tentam mostrar o contrário.
É dever de todos projectar um futuro mais democrático e próspero para o nosso concelho.
Com muita pena nossa, a MAioRIA (Emília) Absoluta que supostamente deveria ter caído na noite de 11 de Outubro, transformou-se numa minoria astuta, hipotecando o futuro de Almada por mais 4 anos.

É necessário agir.

Bem Hajam

Anónimo disse...

Esta câmara só olha para dentro.
Só olha para o seu umbigo e das famílias capitalistas que mandam em Almada travestidos de comunistas ou vice-versa.