domingo, 29 de julho de 2012

Artigo Opinião Por Jorge Fernandes - É preciso confiar


No dia em que se processa um acto eleitoral é recorrente que se procure sempre averiguar como a abstenção pode influenciar os resultados eleitorais quando as urnas, por lei, fecharem às 19:00h. É sintomático que essa abstenção é o primeiro pulsar e o primeiro resultado provisório daquilo que poderá, em certa medida, vir ser o desfecho dos resultados eleitorais. Dizem, mas nem sempre é assim.

O que se pretende realçar, é o afastamento cada vez mais notório das pessoas e do eleitorado quer na escolha dos seus governantes quer nas soluções e destinos dos seus concelhos, isto falando apenas nas eleições autárquicas que ocorrem de quatro em quatro anos em cada município.

Se uma pobre participação mesmo que em ideias e soluções já é mau, e não abona em nada o normal funcionamento da política e da cívica participação local, a abstenção é, em meu entender, o pior caminho para que se legitime uma espécie de oligarquia local sustentada quase na base de caciques de virar de esquina e vendedores de promessas vãs. A fraca participação popular na condução e escolha daqueles que dirigem os seus destinos torna a Democracia muito mais frágil e potencia os menos capazes, mais manhosos e interesseiros que com um pouco de astúcia matreira conseguem galvanizar as mentes mais inocentes e mais distraídas. A Política deverá ser um espaço de confronto, mas de confronto de ideias e sempre dentro de uma Ética aceitável onde o dom da palavra, o conhecimento e a persuasão dessas melhores ideias e pergaminhos para uma melhor mudança, sejam os horizontes daqueles que fazem da política a arte de bem governar.

Todavia, nem sempre é assim. A sede de ataque e assalto ao poder, os interesses pessoais e obscuros, as vaidades e as invejas conduzem, em muito, ao descrédito não só daqueles que se convencem de serem os melhores e salvadores da pátria, mas que, por norma, só aparecem quando lhes cheira ao degustar salivento do banquete não indo mais além de verdadeiros vendedores da banha da cobra.

É, em certa medida, comportamentos destes que afastam as pessoas da vida política e do mínimo interesse na participação cívica onde as pessoas olham para os partidos políticos como meros condutores de oportunidades pessoais em detrimento do colectivo levando ao desinteresse e desconsideração pelos mesmos.

Posto isto, é importante que os partidos possam chegar ás pessoas de uma forma e linguagem simples, descontraída sem qualquer tipo de sobranceria e, fundamentalmente, que sejam rigorosos nas escolhas de quem os vai representar e na postura humilde a aplicar juntos das pessoas transmitindo-lhes confiança e disponibilidade plena na resolução dos seus problemas.

O CDS-PP em Almada, como já do conhecimento público, rege-se pelo rigor e profissionalismo em busca de um melhor concelho tornando-se num partido amigo das pessoas cativando mais-valias para junto de si e buscando em cada cidadão, um parceiro de potencial convergência entre a política e as pessoas. Queremos diálogo, queremos ouvir as pessoas, queremos construir uma nova Almada virada para o futuro com mais intervenção, mais empenho de todos e mais harmonia. Só assim, a abstenção, o desinteresse e o conformismo serão derrotados a bem de todos.

Jorge Fernandes Vice-Presidente Direcção do CDS-PP Almada 

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